A terça-feira é de recorde: o processo contra o presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou a 168 dias e bateu o recorde do mais longo processo anterior, o do deputado Luiz Argolo, do Solidariedade - que durou 167 dias. Em outubro de 2014, ele foi cassado pelo envolvimento em atividades ilícitas com o doleiro Alberto Youssef.O Conselho de Ética, presidido pelo deputado federal José Carlos Araujo (PR-BA) - que votou contra o impeachment - solicitou na semana passada - 14 de abril - a verba para pagar as passagens do lobista Fernando Soares, Fernando Baiano, e de seu advogado, de São Paulo até Brasília, mas até agora não houve resposta.Uma série de recursos, partindo do presidente da Casa e de seu vice, deputado Waldir Maranhão (PP-MA) têm protelado o processo contra Cunha, que pode passar até do mês de julho, com prorrogações. Um dos recursos que atrasou o processo foi a troca do relator. O processo deveria estar se encerrando segunda-feira, dia 25 de abril, pois o prazo é de 90 dias úteis. Com a prorrogação, é possível que o primeiro parecer do conselho seja apresentado no dia 2 de junho. Mas com recursos e idas e vindas ao Supremo Tribunal Federal, o processo pode atravessar o mês de julho e seguir adiante, superando a marca dos 200 dias.Na semana que vem, depois do feriado, enquanto o Senado estiver decidindo pela comissão que vai analisar o pedido de impeachment, o Conselho de Ética terá duas oitivas: na quarta-feira, 27 de abril, os deputados vão a Curitiba pessoalmente para ouvir o lobista João Augusto Henriques, preso na Operação Lava-Jato. Cada deputado será responsável pelas próprias despesas. A outra oitiva é com Fernando Baiano, mas em Brasília - se sair a verba para pagar as passagens do lobista (que está solto) e de seu advogado.
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