Médico cirurgião geral com formação em ortomolecular, Gabriel Almeida defende a tese de que a melhor forma de combate aos casos de diabetes é a prevenção. A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, nesta quarta-feira (6), um relatório que mostra que os casos da doença no mundo quadruplicaram nos últimos 34 anos. Para Gabriel, o aumento de eventos ligados à doença está relacionado ao desconhecimento dos sintomas por parte da população e à ausência de medidas preventivas. “O nosso modelo de saúde se baseia quase que totalmente no tratamento de doenças e não na prevenção. Esse é o maior erro quando se trata de saúde. É muito mais fácil driblar os sinais de uma doença como a diabetes quando em estágio início do que tratá-la, visto que a enfermidade não tem cura e agrava uma série de outras condições”, explica.
De acordo com o relatório, 422 milhões de pessoas sofriam de diabetes em 2014. Desse número, mais da metade dos adultos viviam em cinco países: China, Índia, Estados Unidos, Brasil e Indonésia. Ainda de acordo com o estudo, o número de diabéticos em todo o mundo tende a aumentar, em virtude do envelhecimento da população e do estilo de vida menos saudável.Outra condição que agrava o aumento potencial da doença, são os casos de pré-diabetes. Atualmente, mais de dois milhões de eventos são diagnosticados por ano no Brasil. “Se os portadores desse problema tivessem o tratamento adequado quando neste estágio, o número de diabéticos seria menor. Ou seja, mais importante que tratar a doença quando diagnosticada é prevenir”, explica Gabriel.“Atendo diariamente em meu consultório diversos paciente que se enquadram na pré-diabetes e que nem sabiam. A maioria das pessoas acredita que o consumo excessivo de açúcar é prejudicial apenas para quem tem casos da doença na família, mas o diabetes tipo 1 – com indícios de fatores genéticos – atinge apenas 10% da população diabética. Os outros 90% são do tipo 2, causado pela resistência à insulina produzida pelo pâncreas, que evolui em estágio final para falha na produção pancreática de insulina. Essa condição está diretamente relacionada à nossa alimentação e estilo de vida”, afirma o médico.Para Gabriel Almeida, o modelo ideal de prevenção da doença é alinhar uma alimentação mais saudável com a prática de exercícios físicos. Além disso, a terapia ortomolecular pode contribuir para esse processo, já que trabalha justamente com o funcionamento dos órgãos e sistemas do corpo humano e a relação entre as duas coisas. “A prática ortomolecular parte da tese que a maior parte das doenças e problemas relacionados ao funcionamento do corpo humano está relacionada com a inflamação crônica, desequilíbrios de vitaminas, micronutrientes e radicais livres. Dessa forma, por meio uma avaliação que inclui exames de sangue, de imagem e análise bioquímica, é possível identificar esses problemas antes que a doença em si se instale”, garante.No caso da Diabetes, o equilíbrio de vitaminas, minais e macronutrientes é vital para os portadores da doença. "Em função da incapacidade de o pâncreas produzir a insulina, é importante que o paciente esteja com o adequado controle do sistema antioxidante, que compreende as taxas de zinco, cobre, manganês, selênio, ácido alfa lipóico, etc. Outra questão importante é o controle da inflamação crônica causada pela doença, que pode ser feito por meio da utilização de curcumina e ômega 3. Os portadores de diabetes do tipo 1 devem evitar níveis elevados de glicemia, que levam a um fenômeno chamado de glicação de estruturas proteicas, que podem resultar em danos ao fígado, rim, coração e outros órgãos", finaliza o médico.
Foto:Divulgação |
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