A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (8), o peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, suspeito de ser o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. A informação é do blog de Andréia Sadi, do g1.
O homem, que foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga, negou envolvimento com o crime. Uma das linhas de investigação da PF é de que Colômbia, que também seria traficante de drogas, compre pescado ilegal de criminosos da região.
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Coelho não poderá ser solto por pagamento de fiança, uma vez que a pena do crime de uso de documentos falsos é superior a quatro anos. A Polícia Federal pretende pedir a prisão temporária dele.
Nesta sexta-feira também vence o prazo das prisões dos outros três suspeitos do crime: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.
Assassinatos
Dom Phillips, que era colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última no dia 5 de junho, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios.
O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre a denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) – entidade mantida pelos próprios indígenas da região. Entre as suas missões, estava a de impedir a caça e a pesca ilegal na reserva, bem como outras práticas criminosas. A Terra Indígena do Vale do Javari concentra o maior número de índios isolados ou de recente contato do planeta e qualquer aproximação com não índios pode desencadear um processo de extermínio desses povos, seja pela disseminação de doenças ou enfrentamento direto.
Segundo os autores do crime, a motivação do assassinato de Bruno e Dom teria sido justamente a atuação deles na denúncia de acesso e exploração ilegal da reserva. A PF chegou a dizer, nesta sexta-feira (17), que não haveria mandantes nem participação de organizações criminosas. A conclusão, no entanto, foi rechaçada pela Unijava, que, em nota, informou terem sido repassados dados sobre organizações criminosas que estariam atuando na região.
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Redação iBahia
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