A Polícia Civil do Rio vai ouvir, na manhã desta segunda-feira (23), os policiais militares que participaram da ação que terminou na morte de Ágatha Vitória Sales Félix, de oito anos, no Complexo do Alemão, na última sexta (20).
A chegada deles está prevista para as 11h, na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. A Kombi, onde Ágatha estava, está estacionada no pátio da especializada. É possível ver a marca de tiro no banco traseiro, sinalizada pela polícia. No entanto, não há qualquer perfuração na lataria do veículo, o que pode indicar que a porta da mala estava aberta na hora do disparo.
A Divisão de Homicídios também vai fazer uma reprodução simulada do assassinato durante a semana, para tentar esclarecer de onde partiu o tiro. Ágatha chegou a ser levada para o Hospital municipal Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de sábado. A menina foi enterrada no Cemitério de Inhaúma neste domingo (22).
A investigação
Além dos depoimentos, os PMs entregarão as armas usadas por eles. Um projétil foi retirado do corpo da menina ainda no hospital. Posteriormente, em exame realizado por meio de scanner no Instituto Médico Legal (IML), foram removidos fragmentos de projétil.
O material foi encaminhado para exame pericial no Instituto de Criminalística Carlos Éboli e enviado para a perícia. Ele será utilizado para fazer a comparação balística.
A Divisão de Homicídios também vai fazer uma reprodução simulada do assassinato durante a semana para tentar esclarecer de onde partiu o tiro. Agentes já ouviram parentes no Instituto Médico Legal (IML).
O que diz a Polícia Militar
O porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, defendeu, no sábado, a política de segurança adotada pelo estado. Em entrevista ao "RJTV", da Rede Globo, disse que os homicídios estão em queda e também lamentou o episódio. Ágatha foi a quinta criança morta por bala perdida este ano no Rio e 57ª desde 2007, de acordo com levantamento da ONG Rio de Paz.
— A Polícia Militar se faz presente na rua para preservar vidas. Quem busca o confronto são os marginais com a convicção de que, caso alguma pessoa inocente seja ferida, essa culpa recairá imediatamente sobre os ombros da Polícia Militar. Não iremos recuar. O governo do estado está no caminho certo — disse Fliess.
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Redação iBahia
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