A partir do depoimento de uma testemunha, a Polícia Civil do Paraná apura se Jorge Guaranho, bolsonarista que matou o tesoureiro do PT Marcelo Arruda no sábado (9), ficou sabendo antes que a festa onde o crime aconteceu teria como temática o ex-presidente Lula.
Guaranho, que é agente penal, invadiu o aniversário de Arruda com gritos de "Aqui é Bolsonaro". Após fazer ameaças ao aniversariante, ele retornou ao local armado e o matou. O petista era guarda municipal e revidou os tiros. O bolsonarista está internado em estado grave.
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De acordo com o blog de Andréia Sadi, do g1, a testemunha contou que, no sábado (9), horas antes do crime, Guaranho foi ao clube para participar de um churrasco de uma partida de futebol. No local, ele teria tido acesso às imagens da câmera de segurança que mostrava o local da festa, decorado com fotos do ex-presidente Lula e símbolos do PT.
Com essa informação, a polícia suspeita que, após ver as imagens, o agente penal decidiu ir até o local no momento em que a festa acontecia.
Na primeira aparição de Guaranho na festa, ele teria ameaçado as pessoas presentes, dizendo que mataria todos, e afirmou que voltaria, segundo a viúva do tesoureiro do PT. Ele retornou quinze minutos depois e iniciou os disparos ainda de dentro do carro.
O crime aconteceu na noite do último sábado (9), enquanto a vítima comemorava o aniversário. Além de tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, era guarda civil. A festa tinha como tema o partido e o ex-presidente e atual candidato ao cargo Lula.
Os disparos foram feitos policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que se define como “conservador e cristão” e é apoiador declarado de Bolsonaro. Ele invadiu o evento e trocou tiros com o guarda civil, que tentou se defender.
Uma câmera de segurança instalada no local do evento registrou a situação. Nas imagens, dá para ver o momento em que o guarda tenta se proteger do invasor, enquanto é baleado pelo menos duas vezes.
A mulher da vítima tenta intervir, mas acaba se afastando, por causa dos tiros. Em seguida, o guarda reage e acerta o policial penal, que também cai no chão.
O confronto durou segundos. No vídeo, dá para ver ainda as pessoas tentando socorrer os dois homens. Marcelo Aloizio morreu no local do crime.
Inicialmente, a polícia chegou a divulgar que o policial penal federal havia morrido após o confronto, mas voltou atrás durante a tarde do domingo (10). Não há detalhes sobre o estado de saúde dele. Nesta segunda, a Justiça decretou a prisão preventiva do policial penal.
‘Aqui é Bolsonaro’
A comemoração era realizada na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, e tinha como tema o candidato a presidência Lula (PT).
Segundo o portal g1, o Boletim de Ocorrência do caso cita que o atirador chegou ao local gritando “aqui é Bolsonaro!”. Houve uma discussão e, em seguida, a troca de tiros.
Ainda de acordo com o boletim, o policial penal não era conhecido de ninguém na festa nem tinha sido convidado. Guaranho estava em um carro e no veículo havia também uma mulher e um bebê. Não se sabe a relação deles com o policial penal.
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Redação iBahia
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