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Pesquisa: 12 milhões de pessoas moram em favelas no Brasil

Mapeamento das favelas está em livro que apresenta outros indicadores de qualidade das comunidades

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08/08/2014 às 16:24 • Atualizada em 28/08/2022 às 0:22 - há XX semanas
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O livro “Um país chamado favela”, lançado esta semana, é resultado de um extenso mapeamento em comunidades de todo o Brasil e revela dados surpreendentes sobre o perfil das favelas e das pessoas que moram nelas. Segundo as informações da pesquisa, cerca de 12 milhões de pessoas vivem em favelas. O número é superior à população total do Rio Grande do Sul, quinto estado mais populoso do país.
Mapeamento divulgado em livro revela indicadores sociais dos moradores das favelas no Brasil
O mapeamento afirma ainda que 65% dos moradores de favelas pertencem à classe média. Ainda em 2014, o grupo deve movimentar 64,5 bilhões de reais. O valor se aproxima ao PIB da Bolívia, que em 2013 registrou 30,6 bilhões de dólares (o equivalente a cerca de 69 bilhões de reais). O salário médio dos moradores das comunidades também subiu: de R$ 603, em 2003, para R$ 1.068, em 2013. Emprego informal e políticas públicas Os moradores encontram nos pequenos negócios a oportunidade para atender à grande demanda interna de consumo. Refeições para fora, padarias e salões de beleza estão entre as opções mais recorrentes e caracterizam o fortalecimento do mercado informal nesses lugares. Apesar da melhora na qualidade de vida e no grau de instrução, a pesquisa aponta ainda a falta de políticas públicas de inserção social e melhora na infraestrutura: 73% dos jovens da favela têm escolaridade maior do que a dos seus pais. OrgulhoSegundo Renato Meirelles, pesquisar responsável, 94% dos moradores entrevistados declararam na pesquisa que se consideram felizes. Ao contrário do que se poderia imaginar, a maioria absoluta das pessoas gosta e tem orgulho do local em que vive, e não tem vontade de sair nem se o salário dobrasse, de acordo com o livro. Os dados sobre a violência são significativos: 55% das pessoas entrevistadas consideram a favela em que vivem um pouco violenta, e outros 18% muito violenta. As atividades ilegais do tráfico também são notadas por 65% dos moradores. No entanto, há um otimismo revelado na crença de que o problema tende a diminuir nos próximos meses.

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