Mantendo a estratégia de tentar se descolar do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Palácio do Planalto minimizou o resultado da sessão que votou a cassação do mandato do peemedebista. Cunha teve mandato cassado com 450 votos a favor, 10 contrários e 9 abstenções e está inelegível até 2027. Para interlocutores do presidente Michel Temer, a rotina do governo pouco irá se alterar a partir da situação de Cunha. A expectativa é que, se houver mudança, será no sentido de se estabelecer uma relação mais serena com a Câmara, algo que já vinha sendo construído desde o afastamento de Cunha pelo Supremo Tribunal Federal (STF).Somente um deputado baiano votou contra cassação de Cunha; veja lista Câmara cassa mandato de Eduardo Cunha por 450 votos a favor e dez contra O ex-presidente da Câmara foi afastado do cargo por determinação da Corte no início de maio, pouco antes de Temer assumir a Presidência da República de forma interina. Quando começou a governar, Temer passou a lidar diretamente com os líderes dos partidos aliados, inclusive do chamado centrão, cuja principal liderança era Cunha, antes da decisão do Supremo. Nos primeiros momentos após ser afastado, Cunha ainda mantinha uma extensa influência sobre setores da Câmara. Porém, desde que renunciou à presidência da Casa, no início de julho, esse poder foi minguando, já que a manutenção de seu mandato foi se tornando cada vez menos provável. Para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a saída definitiva de Cunha da Câmara não deve influenciar a relação do Planalto com o Congresso. — O que tem a saída dele do ponto de vista da articulação política? Ele está afastado e não influi em nada na pauta do Congresso. Há quatro meses não fazemos interlocução com ele em relação à pauta da Câmara. Não muda nada. O governo continua dialogando com todos os deputados, como sempre — disse ao GLOBO.
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Redação iBahia
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