As três mulheres que acusam o ex-participante do “Big Brother Brasil 20” Felipe Prior de estupro e tentativa já foram ouvidas pela Delegacia da Defesa da Mulher de São Paulo (1ªDDM). O inquérito sobre o caso foi aberto no dia 4 de abril, após pedido do Ministério Publico. A informação foi confirmada pela delegada Maria Valéria Pereira Novaes de Paula Santos, titular da especializada. Segundo ela, a ideia é agilizar as oitivas para que seja concluído com rapidez.
— Não podemos adiantar nada, porque o processo segue em segredo de justiça — disse a delegada que também adiantou que Felipe Prior será o próximo a ser ouvido.
Na última segunda-feira, dia 6, em entrevista ao EXTRA, Maria Valéria disse que se surpreendeu com a súmula do Supremo Tribunal Federal, que ampliou recentemente o período de comunicação do crime de estupro. E, foi através dela que o Ministério Público solicitou a abertura de inquérito:
— O nosso trabalho como polícia judiciária é ouvir as partes, levantar as provas e pronto. Não posso fazer um juízo de valor sobre esse caso, porque ele ainda vai para apreciação de um membro do Ministério Público que decidirá se fará ou não a denúncia. Antigamente, as pessoas tinham seis meses para entrar com a ação privada no caso de estupro. Mudou a lei. E, agora, é diferente. Baseada nesta súmula, casos de violência sexual demoram 16 anos para prescrever o crime. E neste caso a advogada das vítimas informou que houve violência no ato.
Entenda o caso:
Em 2014, uma mulher, chamada de Themis pela reportagem da Marie Claire, conta que ela e uma amiga aceitaram uma carona de Prior ao sair de um jogo do Interfau, jogos universitários de Arquitetura. Após deixar a outra menina em casa, o ex-BBB teria parado o carro na rua e a estuprado. Segundo o relato, ela chegou a ir ao hospital após o ato e um ano após o ocorrido passou a ter crises de pânico, precisando de apoio para ir e voltar do trabalho.
Outra estudante, chamada na reportagem de Freya, acusa o ex-brother de tentar estuprá-la em 2016, também nos jogos universitários. Prior teria aproveitado seu estado de embriaguez e, dentro de sua barraca, tentou forçar um ato sexual mesmo sem preservativo.
A terceira mulher que acusa o paulista afirma que foi estuprada em 2018. O ato teria acontecido na mesma situação dos outros dois, no Interfau. Inicialmente, Ísis conta que iniciou relações sexuais de maneira consentida, mas o ex-BBB passou a agir de maneira agressiva e não parou quando ela pediu. Duas testemunhas sustentam a versão da jovem.
Após os casos, a comissão da Interfau baniu o arquiteto dos jogos. Apesar das acusações, nenhuma das mulheres prestou queixa contra Prior na época. As advogadas Maira Pinheiro e Juliana de Almeida Valente representam as três acusantes, que se uniram para formar a denúncia.
As advogadas entraram com um pedido de medidas cautelares para que Felipe fosse proibido de manter contato com as vítimas. A solicitação foi acolhida pela Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo e aguarda julgamento. Segundo a reportagem, como os crimes aconteceram em três cidades diferentes, a investigação poderá ser realizada por um grupo do Ministério Público ou se desdobrar em até três inquéritos diferentes.
Prior se defendeu em vídeo:
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Felipe Prior (@felipeprior) em 3 de Abr, 2020 às 3:35 PDT
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Redação iBahia
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