A polícia italiana investiga por que Chloe Ayling saiu com seu sequestrador para comprar sapatos enquanto estava no cativeiro. As autoridades também querem saber se o polonês acusado de sequestrar a modelo britânica para vendê-la em um leilão na internet criou a gangue internacional em sua imaginação. Lukasz Pawel Herba, de 30 anos, foi descrito como um "perigoso fantasista".
Chloe viajou a Milão a pretexto de participar de um ensaio fotográfico. Mas acabou dopada e raptada por Herba, que pediu resgate para a família e alegou que queria vendê-la na internet. Após injetar um forte analgésico na jovem, o acusado a teria colocado em uma sacola, no porta-malas de um carro, e a mantido algemada em um quarto na cidade de Borgial durante seis dias. Apesar de a modelo recordar a participação de cinco homens no sequestro, os investigadores italianos só apuram, até o momento, a participação do irmão do polonês.
Os investigadores também apuram a história de que Chloe saiu com o sequestrador para comprar sapatos. Ela teria perdido os calçados enquanto estava dopada e era carregada pelo polonês. O advogado da modelo, Francesco Pesce, argumentou que a jovem estava subjugada psicologicamente e que acreditava que outros membros da gangue a machucariam se ela tentasse fugir.
"Chloe me contou que ela estava muito assustada e queria fazer o que podia para ser liberada. É compreensível, ela estava com medo. Eu acredito que ela foi valente, ela estava com o sequestrador e não sabia o que fazer. Ficou calma. E agora está a salvo e com a sua família", relatou ao "The Guardian" Pesce, para quem a jovem seria vendida ao Oriente Médio como escrava sexual.
O advogado ainda considerou "maldosos" aqueles que duvidam da história de Chloe e acham que ela teve envolvimento com o sequestro.
Polícia investiga suposta gangue
Depois de seis dias de cativeiro, Herba deixou Chloe no consulado britânico de Milão ao descobrir que ela era mãe. A modelo ouviu dos homens que uma gangue chamada "Black Death" estava por trás do sequestro. Ela teria recebido um cartão de visitas e sido orientada a fazer propaganda do grupo, segundo o jornal britânico. Mas a polícia só tem um registro da atuação de uma organização criminosa com este nome, o que não prova a sua existência. As autoridades agora investigam se tudo não passou de uma invenção do polonês.
O policial Lorenzo Bucossi confirmou ao diário britânico que as demandas por resgate da modelo foram enviadas do computador do polonês. Mas a polícia não sabe dizer se ele agia em nome do grupo. A imprensa local cita agentes que descrevem Herba como "uma pessoa perigosa com traços de mitomania".
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Redação iBahia
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