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O cão não resistiu às agressões |
A mulher que aparece em um vídeo postado no YouTube agredindo um cão da raça Yorkshire em frente a uma criança na cidade de Formosa (GO) vai prestar depoimento na semana que vem, afirmou o delegado Carlos Firmino Dantas, que investiga o caso. O animal morreu. Dantas disse que a mulher está em um local isolado por medida de segurança, devido à repercussão negativa do caso. Segundo o delegado, a data do depoimento está sendo acertada com os advogados dela. “Ela está muito mal, foi o que os advogados dela disseram”, relatou o delegado. Neste sábado, a reportagem conversou com uma parente próxima da mulher, que disse que ela passa a maior parte do tempo chorando e se dizendo arrependida pelos maus-tratos ao animal. Segundo a familiar, ela sofre de depressão e teve o quadro agravado depois de mudar para Formosa e ficar distante da família, que vive em outra cidade. "Ela nunca foi ladra, nunca foi bandida, nunca usou droga, mas agora está assim por uma coisa dessas. Ela está arrependida, está sofrendo muito por isso, por uma atitude num momento de nervoso”, disse a parente da mulher, que diz ter conversado com ela pela última vez na quinta-feira (15) à noite, depois que o vídeo ganhou repercussão na internet. A Polícia Civil de Formosa abriu inquérito no último dia 21 para investigar a denúncia de maus-tratos ao cachorro. Segundo o delegado, a dona do cachorro afirmou na delegacia, logo após a abertura do inquérito, que agrediu o animal porque estava em um "mau dia".
GravaçãoNo vídeo, a mulher aparece agredindo o cão na frente de uma criança. O animal chega a ser arremessado para o alto e preso dentro de um balde. O vídeo mostra a mulher chutando o cachorro e jogando o animal no chão. A gravação foi feita do alto, do que aparenta ser um andar com vista para a área de serviço da casa da mulher. Dantas disse que a pena prevista por maus-tratos pode chegar a até dois anos, caso a mulher seja processada e condenada. Como as agressões ocorreram em frente a uma criança, ele disse que a mulher pode ainda ser denunciada com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
‘Supertranquila’Na última sexta-feira (16), a reportagem esteve no prédio onde a mulher mora com o marido e a filha, mas não encontrou ninguém no apartamento. Vizinhos ouvidos pela reportagem a descreveram como “calma” e “boa pessoa”. Moradora do mesmo andar da mulher, Annelise Maschke afirmou que mudou para o prédio no mesmo dia que a suspeita de maltratar e matar o cão, em junho passado. “Ela é minha vizinha de porta. É uma pessoa supertranquila, muito calma. A filha dela parece ser feliz, uma menina que brinca e conversa bastante. Nunca ouvi nada e nem sabia que ela tinha cachorro. Ela nunca falou sobre isso”, disse Annelise Maschke, moradora do mesmo andar da mulher. Uma mulher que mora do outro lado da rua, que não quis se identificar, afirmou que a suspeita é “boa pessoa” e que mantinha uma relação cordial com ela. Um vizinho que mora no mesmo prédio da suspeita, no entanto, disse que já tinha ouvido barulho do cachorro chorando.