Uma mulher foi presa em flagrante, na manhã desta sexta-feira, em Novo Hamburgo (RS), após simular o próprio sequestro e exigir R$ 300 mil de resgate ao marido. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, ela foi autuada pelos crimes de estelionato, organização criminosa e falsa comunicação de crime.
O delegado João Paulo de Abreu, da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos, afirmou que o sequestro teria ocorrido na segunda-feira, na cidade de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Em entrevista ao EXTRA, Abreu contou que o marido da presa ficou "extremamente surpreso" quando os investigadores descobriram indícios suficientes que mostravam que o sequestro era falso. Embora o final da história não tenha sido o esperado por ele, disse o delegado, o comerciante se mostrou agradecido pelo trabalho da polícia.
Abreu afirmou que, no momento em que a mulher foi encontrada, ela estava tremendo e chorando, como se realmente estivesse feliz e aliviada por ser resgatada.
— Ela alegou desde o início que houve o sequestro mesmo, onde foi encontrada. Depois que mostramos os indícios de que estava mentindo, ela confessou, mas antes chegou a dizer que as demais pessoas que participaram do crime a tinham ameaçado de morte, caso não levasse a ideia adiante.
O casal se conhecia há aproximadamente 14 anos, mas estavam vivendo como marido e mulher há cerca de dois anos.
"Após diversas diligências, foi descoberto que a vítima do sequestro, na verdade, estaria participando de uma associação criminosa com vistas a enganar o marido e auferir vantagem indevida. Ela foi localizada na cidade de Novo Hamburgo, após uma teatral libertação de seu local de cativeiro", relatou o delegado.
O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Sander Ribas Cajal, salientou a importância de se atender de forma diferenciada os casos de extorsão mediante sequestro, com todos os recursos possíveis.
"Ainda que não tenha se enfrentado o caso tradicional, o resultado obtido pela equipe da Especializada foi extremamente positivo, vez que confirma que as metodologias de investigação empregadas estão sendo suficientes a descobrir autoria dos fatos e, no caso, o crime de estelionato", afirmou Cajal.
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Redação iBahia
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