A dentista Ingrid Calheiros Oliveira, mulher do goleiro Bruno Fernandes, voltou a usar o seu perfil do Instagram para comentar a saída do atleta da prisão. Na publicação, ela afirma que Bruno já cumpriu a condenação pela morte da modelo Eliza Samudio e pede que as pessoas "parem de encher o saco": "Transtorno mental é quem não gosta da pessoa e toma conta da vida alheia! Está faltando serviço em casa? Porque aqui está cheio. E está cheio de amor também, obrigada! Não queria que ele cumprisse pena? Tá cumprido. Agora parem de encher o saco e cuidem da vida de vocês", afirma Ingrid, neste sábado.
Em outro trecho do texto, a dentista agradece o apoio dos amigos e familiares: "Como a felicidade incomoda, não é mesmo? Obrigada a todos os comentários de pessoas que realmente conhecem minha história, minha índole e meus princípios. Quem me conhece sabe que comentários idiotas não me afetam e que a opinião alheia nunca me interessou! Deus está no controle da minha vida! Que ela possa estar no controle da vida de vocês infelizes um dia!"
O casal está junto desde 2008, antes da prisão do ex-jogador condenado a 22 anos e três meses de prisão, mas só se casaram em 2016. O goleiro deixou a prisão nesta sexta-feira à noite em Varginha, Minas Gerais. Ele conseguiu o direito de progressão de pena para cumprir regime semiaberto. De acordo com a defesa, ele continuará em Varginha, e ainda não tem em mente qual atribuição profissional escolherá no prazo de 30 dias que possui.
Na decisão, a justiça desconsiderou uma falta grave atribuída em fevereiro, quando ele foi flagrado com duas mulheres num bar, ao lado de onde deveria estar realizando trabalho externo na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), e concedeu o benefício. O atleta também teve o semiaberto convertido em semiaberto domiciliar, já que a Apac não possui convênio com o Estado para poder receber presos, e o município também não conta com outras instituições designadas para tal.
‘Como podemos chamar isso de Justiça?’
A mãe de Samudio, Sônia Moura, reagiu com indignação à progressão de pena concedida ao goleiro em entrevista ao portal G1. Hoje, ela mora no Mato Grosso com o neto, filho de Bruno com Eliza.
— Ele vai responder em liberdade e enquanto isso meu neto me pergunta onde está o corpo da mãe. Até quando vai durar essa angústia? Como podemos chamar isso de Justiça? — desabafou.
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O assassinato aconteceu em 2010 num sítio do jogador em Minas Gerais, e o corpo nunca foi encontrado. Bruno foi preso no mesmo ano, quando ainda era atleta do Flamengo. Três anos depois, ele foi condenado e, hoje, soma uma pena de 20 anos e 9 meses — com 8 anos e 10 meses cumpridos. Em 2017, chegou a conseguir um habeas corpus do então ministro do STF, Marco Aurélio Mello, e voltou a atuar como goleiro do Boa Esporte (MG), mas a decisão foi revertida pela Primeira Turma do Supremo. Cúmplice de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, que teria atraído a vítima até o local e ocultado o corpo, obteve liberdade condicional.
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Redação iBahia
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