Uma falsa médica que realizava procedimentos estéticos clandestinos usando silicone industrial para fazer implantes foi presa, na manhã desta segunda-feira (30), numa ação conjunta de policiais da 55ª DP (Queimados) e agentes do Ministério Público do Rio. Mariana Batista de Miranda é acusada da morte de Fátima Santos de Oliveira, em quem, segundo as investigações, aplicou a substância metacril nas nádegas.
Mariana foi indiciada por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e exercício ilegal da medicina. Ela teve a prisão preventiva decretada pela Vara criminal de Queimados.
A suspeita foi localizada em casa, no município de Mesquita, na Baixada Fluminense, após uma investigação que durou três meses. De acordo com o que foi apurado, Mariana — que é estudante de enfermagem, com o curso ainda em andamento — fazia bioplásticas utilizando substância de procedência ignorada.
Fátima passou pelo procedimento feito por Mariana em 16 de março deste ano e teve complicações, sendo internada no Hospital Federal do Andaraí, naquele bairro da Zona Norte do Rio. No dia 8 de abril, ela morreu em decorrência de choque séptico refratário, sepse cutânea e fascite necrotizante. Segundo a 55ª DP, os problemas foram uma consequência da injeção de metracril que ela havia recebido.
De acordo com o Ministério Público, Mariana também prescreveu medicações à vítima depois de saber das complicações provocadas pela cirurgia. Para o MP, a acusada "assumiu o risco de matar ao realizar a aplicação da substância, mesmo sem possuir formação biomédica e, portanto, conhecimento técnico para a função".
Ainda segundo a denúncia do MP, Mariana "exerceu a profissão de médica ilegalmente, sem registro profissional ou formação, aplicando silicone industrial em diversas pessoas, com o objetivo de obter lucro financeiro".
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Redação iBahia
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