Após ser preso em uma operação da Polícia Federal, o humorista e radialista Rodrigo Vieira Emereciano, 35 anos, o Mução, retornou ao trabalho nesta segunda-feira (2). Ele voltou a apresentar o programa “A Hora do Mução”, às 17h, e chegou a brincar ao ser perguntado qual o significado da sigla "PF". O humorista respondeu "prato feito". "Com a fome que saí de lá, com certeza era prato feito", disse, segundo o G1. A outra opção para a pergunta era "Polícia Federal". Na abertura do programa, a voz do personagem Mução deu lugar a de Rodrigo. "Pela primeira vez em 16 anos peço a palavra a Rodrigo", iniciou. O humorista negou as acusações de pedofilia que o levaram à prisão. “Quero aqui agradecer todo a apoio recebido por vocês, fãs, amigos, parceiros, a todos os meus patrocinadores, afiliados, pelo irrestrito apoio que me deram neste momento e por confiarem na minha inocência. Deixando bem claro que repudio qualquer prática inaceitável de pornografia e pedofilia”, relatou. Mução foi solto da sede da Polícia Federal em Recife na noite de sexta-feira (29) após o irmão Bruno Vieira ter confessado em depoimento que usou a senha e o email do humorista para acessar os sites de pornografia infantil. O delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Nilson Antunes, explicou que o irmão de Mução, que é engenheiro da computação, não foi detido porque se apresentou espontaneamente e não houve flagrante. Ele pode pegar de quatro a dez anos de reclusão. "Ele já foi interrogado em Fortaleza e, de início, está suficiente. Novas perícias estão sendo feitas e estamos aguardando esse material para decidirmos o que será feito”, relatou a delegada Kilma Caminha, da Polícia Federal. Troca de arquivos na webDenominada de DirtyNet (Rede Suja), a operação da PF que resultou na prisão de Mução teve apoio do Ministério Público Federal e da Interpol e prendeu outros 31 suspeitos em nove Estados brasileiros. As prisões foram realizadas no Rio Grande do Sul (5), Paraná (3), São Paulo (9), Rio de Janeiro (5), Espírito Santo (1), Ceará (1), Minas Gerais (5), Bahia (1) e Maranhão (2). A operação DirtyNet foi desencadeada com o objetivo de desarticular a quadrilha. A PF estava monitorando redes privadas de compartilhamento de arquivos na internet há seis meses e detectou trocas de material de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes. Integrantes de um mesmo grupo e valendo-se da suposta condição de anonimato na rede, os suspeitos trocavam arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual. Além da troca de arquivos foram identificados ainda relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
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