A Ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu, até o momento, 690 comunicações com denúncias sobre as influenciadoras que se filmaram entregando banana e um macaco de pelúcia para crianças negras.
Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves já eram investigadas pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Mãe e filha têm um canal na qual publicam vídeos juntas e já tinham sido criticadas por humilhatem um motorista e fazerem o homem comer larvas.
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O caso ganhou repercussão após ser denunciado pela advogada Fayda Belo, que classificou a prática do vídeo como "racismo recreativo", que existe quando se usa da "discriminação contra pessoas negras com intuito de diversão".
"Vocês conseguem dimensionar o nível de monstruosidade que essas duas ‘desinfulenciadoras’ tiveram ao dar um macaco e uma banana para duas crianças e ainda postar nas redes sociais para os seus mais de 13 milhões de seguidores [...]? Para ridicularizar duas crianças negras, para incitar essa discriminação perversa que nos tira o status de pessoa e nos animaliza como se fosse piada", diz a advogada em vídeo.
"Você pode receber uma pena de até quase oito anos de cadeia [...]. O artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que é inviolável a integridade moral do menor, bem como a sua imagem deve ser preservada. [...] O [artigo] 18 diz que é proibido expor menores de idade a constrangimento, a vexame, a humilhação, a ridicularização em público", completou.
Kérollen faz vídeos para a internet junto com a filha, Nacy. A conta delas no TikTok ultrapassa 13 milhões de seguidores, no Instagram o número é de 1 milhão. Elas não comentaram o caso, mas no perfil da rede social aparece um versículo biblíco: "Mas sou eu, eu mesmo, que apago os seus pecados por amor de mim, e que nunca mais se lembra deles".
Redação iBahia
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