A morte da psicóloga Melissa de Almeida Araújo, 37 anos, que trabalhava em um presídio federal, em maio deste ano, foi encomendada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo informação do Uol. Melissa era casada com um policial e estava com ele e o filho de dez meses no momento do atentado. Baleado oito vezes, o marido sobreviveu. O bebê não teve ferimentos. Melissa, atingida por dois disparos no rosto, não resistiu aos ferimentos.
Segundo a reportagem, essa é a terceira morte de funcionário de presídios federais ordenada pelo PCC, que tem monitorado trabalhadores. O crime aconteceu em em Cascavel (PR), a 55 km de Catanduvas, onde Melissa trabalhava na penitenciária de segurança máxima.
No dia do crime, Melissa, que tinha voltado recentemente da licença maternidade, saiu do presídio no meio da tarde. Ela buscou o marido na delegacia e os dois foram então pegar o filho na creche. A família então voltou para casa, em um condomínio de Cascavel.
Melissa não sabia, mas desde a manhã era seguida por homens espalhados em três carros roubados. Ela foi seguida dentro do condomínio por um dos veículos. Assim que manobrava para entrar na garagem, dois homens armados com pistolas 9 mm desceram do carro e começaram a atirar. O marido, que estava armado, reagiu. Houve troca de tiros e o policial foi atingido oito vezes. Melissa saiu do carro com o bebê tentando correr para dentro de casa, mas foi alcançada e baleada duas vezes no rosto. O filho não ficou ferido.
Depois do crime, quatro suspeitos foram presos e dois mortos a tiros - pelo menos metade deles ligados ao PCC.
Melissa foi escolhida como vítima provavelmente por não andar armada. Ela não foi visada por nenhum motivo particular além de trabalhar na penitenciária. "Eles não visam as pessoas, e sim o Estado. Os agentes são representantes do poder público. Eles querem abalar o sistema penitenciário federal como um todo", disse ao Uol um membro do MPF, sem se identificar.
A intenção da facção seria de intimidar os agentes penitenciários e demais funcionários. Segundo o site, os criminosos estão focados nas prisões de Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). O Ministério Público Federal afirma que o regime destas penitenciárias é considerado "opressor" pelo PCC.
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Redação iBahia
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