O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morreu nesta terça-feira (15) aos 81 anos. O carioca estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um acidente vascular cerebral. Segundo a família, a causa da morte foram complicações do AVC.
Jabor apresentou uma melhora no boletim médico no final de dezembro e se encontrava consciente. O jornalista se tornou mais conhecido por comentários nos jornais da TV Globo desce os anos 90. Como cineasta, Jabor se destacou no cinema novo, movimento conhecido por retratar questões políticas e sociais do Brasil inspirado no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa, em 1960.
Em 1970, roteirizou e dirigiu foi “Pindorama”. Três anos mais tarde, fez um dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: “Toda Nudez Será Castigada”, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues. Por ele, Jabor venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973.
Jabor dirigiu "Eu sei que vou te amar" (1986), indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes.
O cineasta se afastou do cinema em 1990, por “força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional”, segundo seu site oficial.
No ano seguinte, passou a escrever crônicas e também a fazer comentários políticos em programas de TV da Globo.
Jabor também se dedicou à literatura, com a publicação de oito livros de crônicas. O primeiro deles, “Os canibais estão na sala de jantar”, foi lançado em 1993. Já os dois últimos, “Amor é prosa”, de 2004, e “Pornopolítica” (2006), se tornaram best-sellers.
Na TV, se manteve ativo mesmo durante a pandemia, gravando as colunas e comentários de casa. O último comentário foi no dia 18 de novembro, quando comentou sobre as suspeitas de interferência no Enem.
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Redação iBahia
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