O modelo Bruno Krupp, de 25 anos, irá a júri popular por homicídio doloso, quando há intenção de matar, pelo atropelamento e morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, em julho do ano passado.
A decisão é do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Pela decisão da Justiça, o modelo poderá recorrer em liberdade.
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Em março, o influenciador deixou a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, após ser beneficiado por um habeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele ficou oito meses preso.
Ao g1, o advogado de defesa do modelo afirmou que vai recorrer. ""Essa decisão é uma excrescência jurídica, totalmente teratológica, que vai contra a decisão do STJ que adentrou no mérito confirmando que não se trata de crime doloso, e, sim, culposo. Essa é uma decisão precária", disse Ary Bergher.
Ainda segundo o advogado, o modelo também foi vítima do acidente. "Não há culpa, pois ele não assumiu o risco. Ele também foi vítima desse acidente, porque se machucou e chegou a sofrer diversas cirurgias. Por conta dessa decisão (de ir a júri popular), vou recorrer da decisão".
Prisão
A decisão de prender preventivamente o modelo foi da juiza Maria Isabel Pena Pieranti, do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio. No parecer, ela pontua que que o influenciador "não é um novato nas sendas do crime" e que sua liberdade "comprometeria a ordem pública, sendo sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza".
Krupp, que não tem carteira de habilitação, já havia sido parado por agentes da Lei Seca três dias antes do acidente que vitimou o estudante. Na ocasião, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e recebeu três multas, somando R$ 4 mil.
A ficha criminal do influenciador ainda inclui duas investigações, uma por estelionato e outra estupro.
A acusação de estupro foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (Deam), por uma mulher que contou ter sido convidada para o apartamento do modelo. Em depoimento, ela conta que Krupp não atendeu aos seus pedidos para que ele parasse. O modelo nega.
A acusação por estelionato é referente a um caso que aconteceu em 2021, no qual o gerente de um hotel de São Paulo contou que o cartão de alguns clientes teriam sido recusados. Um dos clientes relatou que Krupp teria oferecido diárias no hotel a preços menores e que para isso acontecer, o pagamento deveria ser feito na conta de uma outra pessoa.
Atropelamento
Segundo informações da Polícia Civil, através de nota oficial, o influenciador, de 25 anos, estava em um moto e não possuía habilitação. A 16ª DP (Barra) investiga o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Ainda de acordo com a nota Bruno Krupp "está hospitalizado e será ouvido assim que receber alta médica", além de que "as investigações estão em andamento para esclarecimento de todos os fatos”.
Redação iBahia
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