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Materiais didáticos 'não vão resolver' homofobia, diz ministro da Educação

Aloizio Mercadante diz que é preciso estabelecer diálogo sobre diversidade. Em 2011, governo suspendeu projeto de distribuição de kits nas escolas

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14/03/2012 às 16:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 20:06 - há XX semanas
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O ministro da Educação Aloizio Mercadante afirmou nesta quarta-feira (14) que a elaboração de materiais didáticos sobre o combate à homofobia nas escolas “não vai resolver” o problema. Mercadante falou sobre a questão da diversidade nas escolas ao se dirigir ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) durante reunião a Comissão de Educação e Cultura e da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação na Câmara dos Deputados. Segundo o ministro, o mais importante é que se possa estabelecer um diálogo de respeito à diversidade. "As crianças vão para casa humilhadas devido à homofobia. Nós precisamos fazer uma pesquisa sobre como construir um diálogo de respeito à diversidade", afirmou o ministro. "Lançar um material didático não vai resolver", disse Mercadante.
Mercadante disse que o mais importante é estabelecer o diálogo
Em maio de 2011, a presidente Dilma Rousseff suspendeu o projeto de produção e distribuição de material didático sobre homofobia para estudantes do ensino médio na rede pública. O chamado "kit anti-homofobia", também popularizado como "kit gay", era composto por três vídeos acompanhados de apostilas voltadas aos professores e estava sendo analisada pelo MEC como parte do programa Escola Sem Homofobia, do Governo Federal. O objetivo era dar subsídios para que os professores abordassem temas relacionados à homossexualidade com alunos do ensino médio. O kit foi elaborado após a realização de seminários com profissionais de educação, gestores e representantes da sociedade civil. O material era composto de um caderno que trabalhava o tema da homofobia em sala de aula e no ambiente escolar, buscando uma reflexão, compreensão e confronto. A ideia era distribuir em 6 mil escolas públicas. A proposta provocou forte reação de setores do Congresso Nacional. O ministro da Educação na época, Fernando Haddad, foi chamado para explicar os vídeos para a bancada evangélica da Câmara dos Deputados. Em meio à polêmica, a presidente Dilma Rousseff anunciou a suspensão do chamado “kit anti-homofobia”.

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