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BRASIL

Marinha levará 194 homens e 18 blindados para operação na Rocinha

De acordo com o oficial, a prisão do traficante Nem não teve impacto no planejamento

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12/11/2011 às 21:20 • Atualizada em 01/09/2022 às 10:30 - há XX semanas
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Às vésperas da operação na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, a Marinha revelou que vai colocar em ação para a Secretaria de Segurança Pública do Rio durante a ocupação 194 fuzileiros navais e 18 veículos blindados. O efetivo é o maior já utilizado em ações nas comunidades, segundo a Marinha. Na primeira parceria da Marinha com a Polícia, no Complexo do Alemão, foram deslocados 127 combatentes. De acordo com o capitão de mar e guerra Yerson de Oliveira Neto, que irá comandar a operação deste domingo, a Marinha teve mais tempo para planejar essa operação.
Na imagem, um dos blidados da Marinha que será usado na operação
"No Alemão, tivemos que agir rápido. Não tivemos tempo para nos preparar como agora. Aprendemos muito com aquela operação. O terreno lá também era mais complicado. Estamos preparados para o combate, a guerra. Achamos que pode acontecer o pior", disse o oficial. A Marinha empregará três tipos de veículos blindados: sete Lagarta Anfíbios, carros que transportam 25 homens e pesam 22 toneladas; seis M113, com capacidade para 13 militares e peso de 18 toneladas; quatro Piranhas, viaturas sobre rodas e de fabricação suíça e um veículo para transporte de diversos materiais. “Todos os carros têm blindagem igual, mas exercem funções diferentes. Vou usá-los em ações simultâneas, que vão causar um ambiente de desordem. Os blindados nos dão proteção, rapidez, ação de choque e mobilidade”, afirmou Yerson de Oliveira Neto. Quarta operação Essa é a quarta operação da Marinha em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Rio. A primeira ação aconteceu no Complexo do Alemão. Em seguida, no Morro da Mineira e São Carlos e, por último, na Mangueira. “Vamos ter um cuidado extremo com a população. Não queremos oferecer danos à sociedade. No Alemão, tivemos muitos obstáculos e carros de civis no acesso. Agora, que as pessoas deixem as vias livres porque nós vamos chegar. O trajeto onde transitam os ônibus pode nos facilitar”, alertou o capitão. De acordo com o oficial, a prisão do traficante Nem não teve impacto no planejamento da Marinha. “Não muda nada. Só nos dá um pouco mais de informações. Fizemos reuniões com o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Choque. Tivemos que ter uma preparação toda especial para atuar no meio urbano”, ponderou, lembrando que a MB já havia feito imagens aéreas da região antes mesmo da prisão do bandido. Yerson de Oliveira Neto garantiu que os coletes utilizados pelos militares são os mesmo empregados na missão de paz no Haiti, ou seja, só não suportam tiros de mísseis. Armamento que, segundo o oficial, ainda não chegaram às mãos dos traficantes da Rocinha. “Usamos o que há de mais moderno. O colete é feito de polietileno e tem proteção nível 3. Aguenta tiros de pistola 9mm, magnum 44 e fuzil. A Marinha nasceu para consolidar a independência do Brasil, mas em tempos de paz podemos ter outras funções”, garantiu. Acessos bloqueados A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou que os principais acessos às comunidades de Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na Zona Sul do Rio, serão bloqueados pela Polícia Militar, com apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego da Prefeitura (CET-Rio) e da Guarda Municipal, a partir das 2h30 de domingo (12). Serão fechadas a Autoestrada Lagoa-Barra (nos dois sentidos), Avenida Niemeyer, Estrada do Joá, Rua Marquês de São Vicente e a Estrada das Canoas. Chefe do tráfico é preso Policiais dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque (BPChoque) já começaram a preparar a operação, que será leva o nome de “Choque de Paz”, para instalar nas localidades a 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio. O Batalhão de Choque mantém homens na Rocinha e no Vidigal. Na madrugada de quinta-feira (10), a polícia prendeu o traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem. Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas na Rocinha.

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