Uma menina de 8 anos sofreu uma intoxicação por ácido bórico, um dos componentes utilizados para a fabricação de slime caseiro. Laysla foi internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após sofrer com uma reação alérgica grave e insuficiência renal. A mãe da menina, a influenciadora Thamires Xavier, fez um relato sobre o caso em uma rede social nesta quarta-feira para alertar os pais sobre os riscos do brinquedo que é febre entre o público infantil.
Na postagem do Instagram, a mãe conta que a filha começou a se queixar de dores na barriga e médicos suspeitaram de uma virose. Também surgiram pelo corpo da criança muitas manchas avermalhadas, identificadas como uma dermatite atópica. Há duas semanas, porém, Laysla precisou ser levada para a emergência de um hospital em São Paulo com fortes dores no abdômen e foi diagnosticada com insuficiência renal.
"Nesse momento as lágrimas e o desespero tomaram conta de todos. Ela passou por exames de raio X, ultrassonografia, ecografia, tomografia e para nossa surpresa, tudo estava normal com os rins e demais órgãos. Exames de sangue e urina tiveram que ser feitos com urgência em São Paulo e nenhum explicava a diminuição da função renal", escreveu a mãe.
Segundo Thamires, os médicos descobriram o que causou o problema de saúde apenas no sétimo dia de internação. Laysla teve contato com o ácido bórico ao produzir um espécie de "ativador" do slime com água boricada. Após tratamento, felizmente a menina já se recuperou, voltou à rotina normal e passa bem.
"Eu nunca imaginei que ela correria risco. Até porque eu já usei água boricada até no olho. Nunca imaginei que algo tão popular poderia causar isso. Foi pega totalmente de surpresa. Acredito que muitos pais também não sabiam disso e por isso resolvi fazer a postagem", contou Thamires.
Em maio, o jornal 'Extra' noticiou o caso de uma jovem que sofreu intoxicação por bórax, outro ingrediente usado para fabricar a "geleca" caseira. Cris Paganos, mãe de Valentina, de 12 anos, contou que a a menina passou mais de uma semana internada com gastroenterite por conta do contato em excesso com o produto químico.
Especialistas alertam que ao fazer o brinquedo em casa as crianças costumam usar concentrações de produtos químicos muito maiores do que as de slimes industrializadas. Além disso, o tempo de exposição a itens como bórax, água boricada, cola e bicarbonato de sódio pode ser prejudicial à saúde. O mais recomendado é o uso de kits prontos para fabricação caseira, já que eles possuem quantidades controladas de cada uns dos componentes que formam o produto.
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Redação iBahia
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