A mãe de Eliza Samudio, Sonia Moura, reagiu com indignação à decisão da Justiça de Varginha, que concedeu progressão de pena ao regime semiaberto, nesta sexta-feira, ao ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, preso desde 2010 pela morte da modelo. Ela, que hoje mora com o filho de Eliza e Bruno, agora com nove anos, no Mato Grosso, disse estar angustiada, em entrevista ao portal G1.
— Os responsáveis pela morte dela agora estarão soltos e até hoje ninguém me deu a única resposta que gostaria de ter: O que fizeram com o corpo da minha filha? — disse Sônia.
Bruno foi preso há nove anos, quando atuava pelo Flamengo. Três anos depois, o goleiro acabou condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato de Eliza.
— Ele (Bruno) vai responder em liberdade e enquanto isso meu neto me pergunta onde está o corpo da mãe. Até quando vai durar essa angústia? Como podemos chamar isso de Justiça? — afirma.
No entendimento do juiz Tarciso de Souza, Bruno ""satisfaz as exigências subjetivas e objetivas para a concessão da progressão de regime para o semiaberto". A decisão frisa ainda que o goleiro "já cumpriu o lapso temporal necessário da pena imposta no regime fechado".
Ao conceder o benefício ao goleiro, o magistrado levou em conta a exclusão de uma falta grave imputada a Bruno em fevereiro. Na ocasião, ele foi flagrado na companhia de mulheres e usando celular em horário no qual deveria estar exercendo trabalho externo.
Relembre o caso
No período em que denunciou as agressões, Eliza relatou que conheceram Bruno por intermédio de amigas e conhecidos. Os dois deram início a um relacionamento em 2009. Em maio daquele ano, Eliza Samudio começou a ter sintomas da gravidez e avisou a Bruno que ele era o pai do bebê.
Eliza disse em depoimento que, a princípio, o goleiro se mostrou disposto a dar apoio financeiro e acompanhar sua gestação. Depois disso, no entanto, ele começou a agredi-la. Em outubro de 2009, a modelo registrou queixa contra o atleta na polícia por agressão, ameaça e sequestro.
No episódio relatado por Eliza, Bruno a teria obrigado a tomar pílulas abortivas e, depois, a agrediu com tapas, enquanto amigos do goleiro que estavam portando armas ajudaram na ação. Ela estava grávida de cinco meses na ocasião. Em junho de 2010, Eliza Samudio foi assassinada e teve o corpo ocultado no sítio de Bruno em Minas Gerais.
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Redação iBahia
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