O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi intimado a depor em Brasília, no dia 17 de fevereiro, no processo em que é investigado por supostamente tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, e obstruir a Justiça no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
O processo é parte da delação do ex-senador Delcídio do Amaral. A denúncia, porém, não foi confirmada por Cerveró. Lula, que é réu no processo, deve depor, mas pedirá para ser ouvido por videoconferência, em São Paulo. A intimação foi feita antes da ex-primeira-dama Marisa Letícia ter o AVC (Acidente Vascular Cerebral) que levou a sua morte.
A delação de Delcídio foi vazada em março do ano passado. Além de acusar o ex-presidente, o ex-parlamentar alvo da Lava Jato delatou que Dilma Rousseff também teria tentado interferir nas investigações, com a ajuda do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Os investigadores não conseguiram ainda comprovar o depoimento do ex-senador, que menciona apenas “Lula me disse” ou “Lula me pediu”. Na delação à Procuradoria-Geral da República, Delcídio baseia toda a denúncia contra o ex-presidente Lula acusando-o de se reunir com o chefe de gabinete Diogo Ferreira, José Carlos Bumlai e o filho Maurício Bumlai para comprar o silêncio de Cerveró por R$ 250 mil.
De acordo com a defesa do ex-presidente, o Ministério Público se baseia apenas na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, “que é falsa e sem nenhuma comprovação, feita apenas para negociar sua saída da cadeia”. “Não há uma única conduta do ex-presidente na denúncia que possa configurar embaraço ou impedimento às investigações criminais”, dizem os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins.
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Redação iBahia
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