O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, discursou durante a Conferência das Partes das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP27), que aconteceu nesta quarta-feira (16), no Egito. Em seu pronunciamento, Lula propôs uma aliança global para combater a fome.
Além disso, ele cobrou que os países mais ricos cumpram a promessa de recursos para enfrentamento dos efeitos das Mudanças Climáticas em países mais pobres.
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Essa é a primeira viagem de Lula ao exterior desde que venceu as eleições de 2022. O presidente eleito chegou ao Egito na segunda-feira (14) e foi convidado a participar do evento pelo presidente do país, Abdel Fatah al-Sissi.
Principais pontos
Durante seu discurso, o presidente eleito também criticou gastos de trilhões de dólares em guerras, enquanto 900 milhões de pessoas passam fome. "O planeta que a todo momento nos alerta de que precisamos uns dos outros para sobreviver. Que sozinhos estamos vulneráveis à tragédia climática. No entanto, ignoramos esses alertas. Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e mortes, enquanto 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm o que comer", disse Lula.
Ele também criticou a atual gestão dos recursos ambientais no Brasil, bem como prometeu esforços para zerar o desmatamento até 2030 e para punir o garimpo ilegal, entre outras atividades ilícitas ligadas à destruição das florestas. Neste sentido, Lula cobrou os países mais ricos a promessa de direcionar recursos para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas em países mais pobres.
"Eu queria lembrar a vocês que em 2009 os países presentes na COP 15, em Copenhagen, se comprometeram em mobilizar 100 bilhões de dólares por ano a partir de 2020 - portanto, já passaram-se dois anos - para ajudar os países menos desenvolvidos a enfrentarem a mudança climática. Então, eu não sei quantos representantes de países ricos têm aqui, mas eu quero dizer que a minha volta também é para cobrar aquilo que foi prometido na COP 15. É triste, mas esse compromisso não foi nem está sendo cumprido", pontuou ele.
Além disso, Lula ofereceu o Brasil como sede para a COP30, em 2025, e anunciou a criação do Ministério dos Povos Originários. Ao propor uma aliança de enfrentamento a fome, Lula afirmou que este é um desafio dos países produtores de alimento. "Pelo fim da fome e pela redução das desigualdades, com total responsabilidade climática", finalizou o presidente eleito.
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Redação iBahia
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