Foi decretada na última sexta-feira (23) pela justiça de Santa Catarina a prisão preventiva do policial militar Luis Paulo Mota Bretano, responsável pelos tiros que mataram o surfista Ricardo dos Santos em Santa Caratina, no dia 19 de janeiro. O soldado está detido no 8º Batalhão da Polícia Militar em Joinvile, norte do estado, desde o dia do incidente. Uma decisão nesta quinta-feira (22), condenou a postura do militar e assinalou que ele deveria "zelar pela ordem e segurança". "Mas ao contrário, cometeu o crime estando fora de serviço, severamente embriagado, fazendo uso da arma que lhe é cedida pela PM, deixando de prestar ou solicitar socorro algum à vítima Ricardo e, tampouco, comunicar à polícia", anotou no despacho.
O laudo divulgado na quinta-feira pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) informou que o policial militar ingeriu álcool. Ele não usou outras drogas, no entanto. O crime aconteceu em Palhoça, na Grande Florianópolis.O exame foi feito às 14h da segunda-feira, seis horas depois do desentendimento entre o policial e o surfista. Neste momento, ele tinha 13 decigramas de álcool por litro de sangue. "O que podemos afirmar é que essa é uma quantidade alta", disse à Folha Online o diretor do IGP, MIguel Acir Colzane. O diretor afirma que é "provável" que na hora do crime o nível de álcool no sangue do PM estivesse mais alto do que quando ele fez o exame, mas não é possível dizer quanto. O laudo também não aponta em que horas foi ingerido o álcool.
O catarinense Ricardo dos Santos, 24 anos, não resistiu aos ferimentos dos três tiros que levou do policial militar Luiz Paulo Mota Brentano, 25 anos, do 8.o Batalhão de Joinville, que estava de folga e assassinou o surfista em frente à sua casa na Guarda do Embaú, em Palhoça, na manhã da última segunda-feira.Ricardinho foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado de helicóptero para o Hospital Regional de São José, mas perdeu muito sangue e não suportou a parada cardíaca sofrida durante a quarta cirurgia a que foi submetido na manhã desta terça-feira, 20 de janeiro de 2015, para tentar interromper a hemorragia interna causada pelas perfurações entre o tórax e abdômen.
O soldado está detido no 8º Batalhão da Polícia Militar em Joinvile, norte do estado, desde o dia do incidente |
O catarinense Ricardo dos Santos, 24 anos, não resistiu aos ferimentos dos três tiros que levou do PM |
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