580 dias após sua prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba nesta sexta-feira. O juiz Danilo Pereira Junior, da 12ª Vara Federal de Curitiba, concordou com o pedido protocolado mais cedo pela defesa do ex-presidente, baseado na decisão desta quinta-feira do Supremo Tribunal Federal, que derrubou a prisão após condenação em segunda instância .
Lula recebeu durante a manhã a visita de seu advogado, Cristiano Zanin Martins, e do presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Durante a tarde, o ex-candidato à Presidência, Fernando Haddad, e a filha do ex-presidente Lula, Lurian, também conversaram com o presidente na cela em que ficou por um ano e seis meses na sede da Polícia Federal de Curitiba.
Mais cedo, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que esperava uma decisão rápida da Justiça.
Cristiano Zanin Martins afirmou ao deixar a Superintendência da PF que espera uma decisão rápida da juíza.
— Ao nosso ver, jamais poderia ter sido decretada essa prisão. A partir do julgamento realizado ontem pelo STF, e é público e notório, não há nada que possa neste momento impedir ou protelar uma decisão que determine a expedição do alvará de soltura. Qualquer ato protelatório, a nosso ver, dará contornos políticos ainda maiores ao processo — disse.
Lula fará um ato neste sábado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, último local. Em um comunicado distribuído à militância petista, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, pediu aos petistas que evitem provocações para "não estragar este momento de alegria".
Em Curitiba, após deixar a cadeia, Lula também deverá ir de encontro aos militantes que permaneceram em vigília durante sua prisão.
O ex-presidente quer prestar uma homenagem aos simpatizantes que ficaram em vigília no local durante um ano e sete meses. A expectativa é que também ocorra um comício em São Paulo ou São Bernardo do Campo, em seguida.
Além do ato, Lula também deverá ser convidado para a posse do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández.
Lula planeja viajar o país e tentar fortalecer a oposição ao governo. Também está previsto um giro internacional para se encontrar com personalidades que se manifestaram contra a sua prisão.
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Redação iBahia
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