Uma testemunha que presenciou a confusão com o juiz Marcelo Baldochi e funcionários da TAM no aeroporto de Imperatriz (MA) no sábado (6) relatou que além de dar voz de prisão a três agentes o magistrado ainda gritou bastante e xingou os atendentes. "Ele se alterou, chamou o atendente de vagabundo, disse que eles eram uns 'merdas'. Ele parou o aeroporto, e todo mundo se revoltou contra ele. Ele os humilhou, foi triste", disse a testemunha ao Uol. O juiz pediu ao atendente para solicitar que o piloto o esperasse para embarcar, mas não foi atendido, de acordo com a testemunha. "Ele então inventou lá uma lei e disse que era desacato ao consumidor e então invadiu a área restrita da TAM. O primeiro atendente, ele mandou ficar no cantinho da sala, dizendo que estava preso".
Quando a PM chegou, os funcionários da TAM foram levados até a delegacia - eles foram em um táxi, sem ser algemados. "O juiz disse que precisava viajar com urgência para ir a um velório. Ele batia no balcão e gritava: 'eu quero o meu dinheiro da passagem de volta em dobro'. Fez aquilo tudo para aparecer, para abusar do poder", acredita a testemunha. O juiz ainda não foi à delegacia onde a ocorrência foi registrada. Segundo a delegada do caso, um advogado do magistrado ligou para registrar o boletim com base no artigo 76 do Código de Defesa do Consumidor, que fala dos agravantes dos crimes tipificados no código e prevê punição para quem acusar "grave dano individual".
Juiz, à esquerda ao telefone, deu voz de prisão a funcionários |
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