O fundador do bloco afro Olodum, o biano João Jorge, tomou posse como presidente da Fundação Cultural Palmares, nesta quinta-feira (26), em Brasília. "A Palmares não é minha, não é nossa, é do povo brasileiro", disse ele.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, esteve ao lado de João Jorge durante a cerimônia. Além dela, a secretária de Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães; a reitora da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Adriana dos Santos; e as embaixadas do Zimbábue, República de Gana e da República Unida da Tanzânia participaram do momento.
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No discurso, João se emocionou ao falar do símbolo da Fundação. O machado, que simboliza a justiça, voltou para a instituição. Nas religiões de matriz africana, o machado também simboliza a orixá Xangô.
"Eu estou falando emocionado porque estive com os presidentes da Palmares e depois cheguei em Brasília e encontrei as fotos deles jogadas em um depósito. Um funcionário me entregou os tapetes com a marca de Xangô e disse que escondeu para não jogarem fora", contou.
Nos últimos anos, a Fundação Palmares esteve envolvida em polêmicas. Uma delas foi a mudança do machado de Xangô para uma nova logomarca com elementos da bandeira do Brasil e as cores verde e amarela no nome da fundação.
O ex-presidente da instituição durante o governo Bolsonaro, Sergio Camargo, chegou a chamar o Dia da Consciência Negra de "Dia da Vitimização do Negro".
Redação iBahia
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