Os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa Oliveira confessaram o assassinato do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. De acordo com a TV Globo, a informação foi passada por fontes da Polícia Federal. Os dois desapareceram no dia 5 de junho no Vale do Javari.
Nesta quarta-feira (15), eles foram levados pela Polícia Federal para o local das buscas para ajudar na localização dos corpos.
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Oseney foi preso na terça-feira (14) durante uma ação que também cumpriu dois mandados de busca e apreensão na cidade de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas. Posteriormente, a PF informou que ele era irmão de Amarildo da Costa, o primeiro suspeito preso.
Buscas
As buscas por Dom Phillips e Bruno Pereira começaram no próprio domingo, quando eles desapareceram, por integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Sem encontrar os dois, eles alertaram as autoridades sobre o sumiço na segunda-feira.
Nesta quarta-feira (15), indígenas de cinco etnias diferentes auxiliaram a Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
A mulher de Dom Phillips, Alessandra Sampaio, chegou a afirmar que os corpos haviam sido achados após a família do britânico receber a informação da Embaixada do Brasil no Reino Unido. No entanto, horas depois, as autoridades brasileiras no país europeu admitiram o erro.
Objetos encontrados
Na segunda-feira, a Polícia Federal divulgou imagens que mostram alguns objetos encontrados no último domingo (12) durante as buscas pelo jornalista e pelo indigenista, no interior do Amazonas.
Segundo informações da PF, foram localizados uma mochila, um notebook, camisas, bermudas, calça, chinelos e botas que pertenciam aos dois desaparecidos, além de um cartão de saúde em nome de Bruno Pereira. O material foi levado para perícia.
De acordo com o coordenador da equipe dos Bombeiros em Atalaia do Norte, Barbosa Amorim, os itens foram encontrados próximo à casa de Amarildo.
Caso
Bruno e Phillips transitavam entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte quando sumiram. Eles tinham ido para a região para entrevistas e uma reunião, e deveriam ter retornado no domingo (5), mas não apareceram.
Dom Phillips e a esposa moram na Bahia desde 2007 e os dois têm uma casa em Salvador. O jornalista, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, está escrevendo um livro sobre a floresta amazônica e sua autossustentabilidade quanto às chuvas. Por isso estava no local.
Bruno, além de estudar e pesquisar questões relacionadas aos povos indígenas, é servidor de carreira da Funai, e recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores. Isso pode ter relação com o caso.
O suspeito preso na terça-feira (7) foi identificado como Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos. Ele é conhecido como “Pelado”. A prisão em flagrante do suspeito foi convertida em preventiva na quinta-feira (9).
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Redação iBahia
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