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Intérprete de libras fala sobre repercussão após debate

A fonoaudióloga diz que, no entanto, ainda não acessou seus perfis em redes sociais para ver os comentários

Redação iBahia • 26/08/2016 às 11:21 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:00 - há XX semanas

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Os candidatos à Prefeitura do Rio não foram os únicos destaques durante o debate da noite desta quinta-feira, na TV Bandeirantes. Com suas expressões faciais caricatas e gestos incisivos, a intérprete de libras e fonoaudióloga Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco, de 40 anos, também chamou a atenção. Ela foi a responsável por traduzir o que era dito no programa para o público surdo-mudo. Com experiência nesse tipo de trabalho, a moradora de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, diz que se surpreendeu com a repercussão.
— Esse tipo de repercussão me supreende. Estamos vivendo um momento em que as pessoas criticam mais do que elogiam. Se eu sou os ouvidos dos surdos naquele momento, por que não passar para eles o que o público de casa também está ouvindo? As pessoas precisam saber que o verdadeiro papel do intérprete do libras não é só chegar ali e traduzir o que os emissores estão dizendo. Eles (os surdos) precisam entender o conteúdo do que acontecia ali na íntegra, em tempo real, incluindo as vaias, os aplausos... — diz Gildete.
A fonoaudióloga diz que, no entanto, ainda não acessou seus perfis em redes sociais para ver os comentários.
— Eu cheguei em casa e fui dormir. Mas recebi mensagens de amigos me parabenizando pelo trabalho — conta Gildete, que diz não se aborrecer com as brincadeiras dos internautas: — Eu não fico chateada. Sei que vão criar memes e tudo é bem-vindo. Eu fico feliz. É gratificante.Gildete admite que foi um desafio para ela quando Flávio Bolsonaro teve uma indiposição no debate e precisou ser amparado pelos oponentes Jandira Feghali (PCdoB) e Carlos Roberto Osorio (PSDB). [youtube P0aVPhlabhI]— Eu não cheguei a ver o que estava acontecento. Eu estava num plano a partir do qual eu não via os candidatos. Eu estaria saindo de cena se fosse vê-los. Na hora, eu não entendi o que aconteceu. Eu fui apenas traduzindo o que chegava para mim pelo áudio no meu retorno. Isso foi uma dificuldade e o contexto da tradução poderia ter sido melhor. Eu só fui ouvindo e interpretando — explica.Gildete conta que se interessou em aprender libras ainda pequena, por causa da irmã surda, a quem queria ajudar a se comunicar com a família. A fonoaudióloga, então, procurou se aperfeiçoar. Essa foi a segunda vez que ela participou de um debate político transmitido ao vivo na TV. O primeiro foi quando fez a interpretação do debate para governadores do Rio. Para Gildete, no entanto, o debate desta quinta-feira foi mais desafiador.— Esse foi mais difícil. A quantidade de candidatos era maior. Eram sete vozes, sete incorporações diferentes. Algumas vozes eu já conhecia, mas outras não. Ontem, foi um tiro no escuro, digamos assim — afirma.A fonoaudióloga conta que, em breve, deve participar da interpretação de um novo debate político, do qual ainda não pode dar detalhes.

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