O teste do homem de 45 anos que foi obrigado pela Justiça nesta terça-feira (10) a fazer exame para detectar o coronavírus deu positivo para a doença. A informação foi confirmada pelo governo do Distrito Federal.
O homem é marido da primeira paciente de Brasília confirmada com a doença. A mulher, de 52 anos, está internada em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Seu quadro foi agravado por uma doença preexistente.
Há dias, ele vinha se recusando a ser mantido em regime de isolamento e a ser submetido a exames para testar se também tinha a doença Covid-19. Após a recusa, a juíza Raquel Mundim Moraes Oliveira Barbosa, da 8ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral do DF e determinou que ele fizesse o teste e ficasse em quarentena domiciliar até o resultado.
Diante deste caso, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, anunciou que as regras que estão sendo editadas pela pasta para disciplinar a realização de quarentena e isolamento domiciliar em razão do novo coronavírus vão incluir a realização obrigatória de testes para pessoas que são casos suspeitos e se recusarem a serem testadas.
— Isso é uma coisa muita clara. O direito individual não pode se sobrepor ao direito coletivo. Nessa situação, o paciente que não quer fazer o exame, ele poderia até individualmente não ter o interesse de saber se tem a doença ou não. O problema é que, se tem a doença e pode contaminar outras pessoas, o serviço de saúde pública precisa saber que ele tem o vírus e é um transmissor. Nesse caso, a decisão judicial está absolutamente correta, e nós pretendemos, na publicação das nossas regras de isolamento e quarentena, prever essa possibilidade — disse Gabbardo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 893 casos suspeitos da doença, dos quais 35 já foram confirmados. Desse total, 780 já foram descartados. O estado com o maior número de casos confirmados é São Paulo, com 19. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com oito. Com este novo caso, Brasília tem dois pacientes.
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Redação iBahia
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