"Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil", diz o hino da Independência, que marca o 7 de setembro. Pouco conhecida atualmente, mas um dos símbolos da história brasileira, a canção já foi poema e data de 1822. É o que contam pesquisadores.
A letra foi escrita por Evaristo Ferreira da Veiga e Barros como forma de demonstração de apoio à independência brasileira. Inicialmente chamado de "Hino Constitucional Brasiliense", a popularidade do poema foi sonorizada melodicamente pelo maestro lusitano Marcos Portugal. Tudo isso antes do "Independência ou Morte".
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Mas, em 1824, D. Pedro I fez uma melodia para o hino, após descobrir a existência da canção. Segundo reza a lenda, o Imperador fez a composição às 16h da tarde no mesmo dia do grito no Ipiranga.
Com o fim do reinado de D. Pedro I e a proclamação da República, o hino foi sendo esquecido aos poucos pelo povo e deixou de ser tocado. Apenas em 1922, ele foi resgatado e voltou a ser conhecido, com uma diferença: a melodia original.
Do Hino da Independência ao Hino Nacional
Durante a Era Vargas o hino passou por uma nova mudança. Foi instituída uma comissão para regularizar os hinos do país e o maestro Heitor Villa-Lobos resgatou a melodia feita por D. Pedro I. Ela foi escolhida pelos membros da comissão e registrada como melodia oficial do Hino da Independência.
O "Hino Constitucional Brasiliense" foi, por muitos anos, considerado o Hino Nacional do Brasil. Mas, com a perda de popularidade de D. Pedro, a canção, fortemente atrelada a figura do Imperador também perdeu o prestígio e foi substituído pela melodia do atual hino nacional, que já existia desde 1822.
"O Hino ficou esquecido durante décadas por que não era executado pelas bandas militares, e, na época, não havia reprodução mecânica. Só se tocava o Hino Nacional solenidades", explica o jornalista e pesquisador Jorge Ramos.
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Redação iBahia
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