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Fernandinho Beira-Mar é condenado a 120 anos de prisão

Beira-Mar já tinha 133 anos de condenações a cumprir e desde 2012 cumpre pena no presídio Federal de Porto Velho

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14/05/2015 às 9:49 • Atualizada em 31/08/2022 às 18:39 - há XX semanas
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O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a mais de 120 anos de prisão por homicídio qualificado, com o agravante de motivo torpe contra quatro traficantes rivais em uma rebelião ocorrida no dia 11 de setembro de 2002, no presídio Laércio da Costa, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima. Com isso, passou a acumular penas que chegam a 320 anos e dois meses de prisão. O julgamento durou mais de dez horas O julgamento do traficante aconteceu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A sentença foi confirmada pelo juiz Fábio Uchôa de Magalhães na madrugada desta quinta-feira (14). O júri popular, formado por cinco mulheres e sete homens, considerou Beira-Mar um dos líderes da principal facção de venda de drogas do Rio, culpado, mesmo não tendo agido diretamente na ação que matou Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, chefe de uma facção rival e que teve o corpo carbonizado, Carlos Alberto da Costa, o Robertinho do Adeus, Wanderlei Soares, o Orelha (estes dois, cunhados de Uê) e Elpídio Rodrigues Sabino, Pidi ou Robô. Uma testemunha da defesa, um traficante que sobreviveu à chacina de 2002, está foragida. O único a depor foi o traficante Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, outro sobrevivente e que mesmo sendo de uma facção rival foi, de acordo com suas próprias palavras, salvo por Beira-Mar.
Durante seu depoimento, Beira-Mar negou ser membro e muito menos líder da facção criminosa, ao lado de outro réu no mesmo caso, o traficante Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, também em presídio Federal. Quando um promotor afirmou que um agente penitenciário citou sua relação com o tráfico, Beira-Mar foi irônico. "Posso achar que a Juliana Paes é linda, que a Thaís Araújo é linda e o senhor achar que não", disse, irônico. A defesa de Beira-Mar questionou o fato de um dos 25 envolvidos no inquérito, um agente de segurança que recebeu R$ 400 mil para facilitar a entrada de armas no presídio e que deu acesso aos presos às chaves dos pavilhões, não ter sido sequer denunciado pelo MP. A promotora rebateu e disse que foi a própria defesa de Beira-Mar que pediu que ele fosse julgado sozinho. Beira-Mar já tinha 133 anos de condenações a cumprir e desde 2012 está cumprindo pena no presídio Federal de Porto Velho, depois de a polícia ter descoberto um plano para tentar resgatá-lo do presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Com informações do Terra.

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