Falsa médica do caso "bumbum de acrílico" coloca culpa em vítima

A suspeita de aplicar acrílico no bumbum da advogada Vânia Prisco, 29, prestou depoimento sobre o caso na zona norte do Rio de Janeiro na noite da quinta-feira (5). Segundo o R7, Cecília Tavares negou se passar por médica e disse que a aplicação só deu problemas em Vânia porque ela descumpriu as recomendações a serem seguidas após o procedimento. Cecília é investigada por denúncias de que se passaria por médica e por aplicar meta crill em mulheres em uma clínica estética. O delegado Jorge Zahra informou que a suspeita foi indiciada por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina. Ela responderá em liberdade pelos crimes. Veja também Nova vítima de acrílico no bumbum desabafa: "Ela foi me estragando com tudo isso que ela fez" Mulher está internada em estado grave após injetar acrílico no bumbum

Vânia gastou mais de R$ 50 mil só em anestesias

A suspeita assumiu em depoimento que fez os procedimentos em cinco mulheres - ela foi denunciada por seis. Ela negou, no entanto, que se apresentava como médica ou major do Exército e afirmou que sempre informava ser técnica de enfermagem. Sobre o procedimento em Vânia, Cecília disse que ele deu errado por conta da falta de cuidado da vítima. Segundo a suspeita, Vânia não seguiu as orientações e dietas do pós-procedimento. A aplicação inflamou, disse Cecília, porque a advogada comeu 1kg de chocolate antes da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Como ela quer que fique bom se ela não seguiu a dieta recomendada? Logo após o procedimento, ela viajou ao Peru e comeu comidas condimentadas. A Vânia me disse que ela teria comido um quilo de chocolates na véspera da prova da OAB", disse a suspeita. Já Vânia diz que a falsa médica não passou nenhuma dieta. A advogada negou ter comido chocolate durante a recuperação e acrescentou que realmente viajou ao Peru, mas que nessa ocasião já tinha sintomas de que estava com algo errado no bumbum. Ela consultou a falsa médica, que disse que o problema iria passar com o tempo. Mesmo sem registro médico, Cecília tinha por costume realizar procedimentos com acrílico. Ela foi denunciada pela primeira vez em 2011 pelo mesmo problema. O delegado Zahra informou que Cecília foi à delegacia acompanhada de 3 advogados e mostrou estar arrependida das ações, mesmo mostrando ironia em alguns momentos. Ela se apresentou espontaneamente. Matéria original: Correio 24h Falsa médica do caso "bumbum de acrílico" coloca culpa em vítima: "ela comeu 1kg de chocolate"