A empresa Cessna, fabricante do jato Citation 560 XL, modelo de aeronave que caiu com Eduardo Campos, faz um alerta em manual sobre o risco do jato mergulhar, de forma abrupta, durante procedimento feito em subidas e arremetidas. Segundo o alerta, se os flaps - dispositivo que, acionado, aumenta a área das asas para dar mais sustentação ao avião em baixas altitudes, como em pousos ou decolagens - forem recolhidos quando o avião estiver acima de 370 km/h, o nariz pode ser jogado para baixo, o que, na prática, pode tornar o avião difícil de controlar. Isso acontece por um efeito aerodinâmico nos estabilizadores horizontais –pequenas asas na cauda. É uma particularidade dos Citation.
InvestigaçãoEm entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, disse que "os flaps estavam recolhidos" do avião em que estava Campos, mas ainda não está claro o que aconteceu. A Aeronáutica ainda investiga a causa do acidente. Os flaps são recolhidos assim que o avião ganha altitude; pode ser após uma decolagem ou de uma arremetida, mesmo procedimento que o Citation PR-AFA fez antes de cair, em Santos. Para evitar o problema, a Cessna criou um inibidor que impede o avião de jogar o nariz para baixo em alta velocidade –informação que também está no manual. Não há a confirmação se o inibidor do jato de Campos falhou. Segundo um piloto de Citation, o alerta sobre o mergulho está no manual como meio de prevenção se o sistema de proteção falhar.
Modelo Citation 560 XL, da empresa Cessna |
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