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Ex-prostituta, viúva de executivo temia perder guarda da filha

Disputa pela criança pode ter motivado crime, diz advogado

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08/06/2012 às 16:01 • Atualizada em 30/08/2022 às 10:36 - há XX semanas
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Um novo fato pode ter motivado o crime brutal em que Elize Matsunaga, 38 anos, matou e esquartejou o marido, o executivo da Yoki Marcos Matsunaga, 42 anos. Segundo reportagem do Folha Online, Elize temia perder a guarda da filha de 1 ano no caso de uma possível separação do empresário. Ex-garota de programa, Elize conheceu o marido em um site de relacionamentos, diz o jornal. Veja também: crimes famosos tem protagonistas louras, bonitas e fatais O advogado de Elize, Luciano Santoro, diz que o casal passava por uma crise conjugal nos últimos seis meses e que sua cliente chegou a pedir a separação três vezes, mas o marido ameaçava dizendo que se ela fosse embora ficaria sem a filha. Segundo Santoro, a decisão de confessar o crime foi da própria Elize - ao contrário do que diz a polícia. Na última briga do casal, a viúva pressionou Matsunaga sobre uma traição que descobriu com ajuda de um detetive e levou um tapa no rosto. Ela então pegou uma pistola .380 e atirou na cabeça do marido. A arma foi um presente do empresário para a mulher - um dos banheiros do apartamento foi transformado por Matsunaga em um cofre para guardar 30 armas que colecionava. O detetive contratado por Elize já foi ouvido pela polícia. Crime A viúva confessou o crime na quarta-feira. Após oito horas de depoimento, o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carrasco, disse que não há dúvidas em relação à autoria do crime e acredita que o assassinato não foi premeditado. Segundo ele, Elize afirmou que realizou tudo sozinha e atirou contra o marido na sala, após uma discussão conjugal por conta de uma traição que teria sido descoberta por ela. A arma usada para matar o executivo - uma pistola 380 - foi um presente dele para a mulher - Matsunaga era colecionador de armas. Elize revelou que a pistola não estava entre as que foram entregues para a Guarda Municipal de Cotia destruir. Ela a guardou em uma gaveta do apartamento onde eles moravam, na Vila Leopoldina (Zona Oeste). O casal fazia curso de tiro e ela era considerada uma boa atiradora. Após o disparo, que atingiu o lado esquerdo da cabeça de Marcos, Elize disse ter levado o corpo do marido para um quarto do imóvel e ter aguardado cerca de 10 horas antes de esquartejá-lo no banheiro da empregada. Os vestígios de sangue foram limpos depois. Conhecedora de anatomia - Elize é técnica de enfermagem e trabalhou em um centro cirúrgico -, ela disse ter usado uma faca com lâmina de 30 centímetros para cortar os braços, pernas, tronco e a cabeça do executivo. Após o trabalho, que durou cerca de quatro horas, ela embalou os pedaços em sacos plásticos. Em seguida, Elize usou três malas para transportar o corpo e dirigiu até uma estrada de terra em Cotia, na Grande São Paulo, onde atirou todos os pedaços em um matagal. Ela disse que o casal frequentava um sítio em Ibiúna e costumava passar pela estrada. As malas e a faca foram jogadas em outro local, que Elize já indicou para a polícia. O delegado Jorge Carrasco disse que a polícia vai apreender os objetos. Uma testemunha de Cotia disse à polícia ter visto quando um motociclista, vestido de preto e em uma moto escura, jogou os sacos no matagal. O marido de uma das três empregadas do casal também chegou a ser investigado, mas agora a polícia descarta ajuda no crime.

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