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Equipe da TV Tem foi até a casa do suspeito de matar o cachorro em Lin |
O homem acusado de bater em um cachorro até a morte em Lins, no interior de São Paulo, se defendeu na manhã desta quinta-feira (14). Segundo informações da polícia, que investiga o caso, em depoimento ele contou que pegou o cachorro, da raça poodle, na rua para cruzar com a cadela que tem em casa, mas os animais teria se desentendido e ele chutou o cão, que acabou morrendo. Ele contou ainda que colocou o cachorro em um saco de lixo e o corpo foi levado pelos lixeiros. Hoje, em entrevista a equipe de reportagem da TV Tem, afiliada da Rede Globo, o homem confirmou a história, mas, se defendeu. "Não chutei tão forte assim, mas, o cachorro era velho, tinha 11 anos", afirma. Ele disse ainda que não tinha a intenção de machucar o cachorro e está arrependido. “Eu não medi a força, não sei o que aconteceu. Acredito que foi mesmo porque o cachorro já era velhinho. Mas, eu admiti o que fiz e estou arrependido”, completou. A polícia chegou até ele na terça-feira (13) após a denúncia dos donos do animal, que desapareceu no último domingo (11). De acordo com o delegado Luiz Roberto Bertozzo, o homem vai responder por crime ambiental, com pena que varia de 3 meses a um ano. “Como trata-se de uma pena leve, será feito um termo circunstanciado, que será encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário”, explica. O corpo do cachorro ainda não foi encontrado, mas, o delegado garante que o homem vai responder pelo crime da mesma forma. “Estamos fazendo diligências para tentar localizar o corpo do cachorro, encontrando, as provas ficam mais evidentes. Mas, na falta disso, cabe, neste caso, a confissão e as testemunhas, portanto ele vai ser punido", esclarece.
Indícios de maus-tratosVizinhos do homem contam que não é a primeira que ele maltrata um cachorro. Uma das vizinhas, que preferiu não se identificar, disse que já presenciou outras agressões. “Passeando com as minhas cachorras eu já presenciei os maus-tratos. Ele estava brincando com a cachorra e do nada a chutou. Já vi essa cena várias vezes”, afirma. Ela conta ainda que já tentou denunciar o homem, mas, precisava se identificar e ficou com medo da reação dele. “A gente não sabe como ele pode reagir, o que ele pode fazer”, completou.
Sobre o caso A dona do poodle, Jucelen Lilian dos Santos, contou que Luck, como era chamado o cachorro, costumava sair de casa, mas, sempre voltava minutos depois. “No domingo, ele saiu como de costume, mas, não voltou mais. Então nós anunciamos o desaparecimento em uma rádio da cidade”, explica.
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A dona do cachorro afirma que ele costumava sair de casa, mas sempre voltava |
A dona de casa disse ainda que na terça-feira (13) recebeu uma ligação de vizinhos do homem que teria pego o cachorro. “Eles disseram que homem judiava demais do cachorro e que ele tinha as características anunciadas na rádio. Meu marido foi até lá e mostrou a foto do Luck e os vizinhos o reconheceram, mas, disseram que na noite anterior ele tinha chorado muito e na manhã de hoje (terça-feira) o homem tinha batido mais nele e, desde então, não ouviram mais o choro e nem viram o cachorro”. Depois das suspeitas de que o animal tinha sido morto, o marido de Jucelen registrou boletim de ocorrência e os policiais foram até a casa do suspeito, que confessou o que tinha acontecido. A família está chocada com o que aconteceu. A tia de Jucelen, Maria Gorete Cavina, contou que quem mais sofre é o filho da dona de casa, de apenas 13 anos. "Ele tem sindrome do pânico e diabetes, então, o cachorro era um companheiro, ajudava no tratamento dele", afirma.