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Estudante de 22 anos finge ser médico e atende em UPA

Cabral foi descoberto após duas enfermeiras perceberem que não havia qualquer consistência em alguns dos receituários entregues por ele

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Redação iBahia

14/06/2019 às 11:27 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:22 - há XX semanas
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Um estudante de 22 anos foi preso em Minas Gerais após fingir que era médico e atender pelo menos quatro pessoas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Gabriel Valentim Flores Cabral prestou depoimento na quarta-feira à Polícia Civil e alegou que teve a ideia depois de ficar doente e tomar alguns medicamentos, o que fez com que ele tivesse o interesse de trabalhar na área.

Cabral foi descoberto após duas enfermeiras perceberem que não havia qualquer consistência em alguns dos receituários entregues por ele a pacientes. Elas alertaram um chefe sobre a situação, que decidiu comunicar a ocorrência à polícia.

O farsante apresentou-se para trabalhar usando um jaleco, cujo bolso estava bordado com o nome "Dr. Gabriel Valentim". Além disso, ele usava estetoscópio e possuía carimbo com número de Conselho Regional de Medicina (CRM).

Segundo a Delegada Adriana das Neves Rosa, responsável pela investigação, o suspeito fez contato com a Prefeitura e descobriu o nome de um funcionário da Secretaria de Saúde. Após obter essa informação, ele entrou em contato com a UPA, se passando por um responsável pela pasta e indicou duas pessoas que poderiam atuar como médicos no plantão da unidade. No dia 8 de junho, uma funcionária da unidade de saúde ligou para Cabral perguntando se ele estaria disponível para trabalhar naquele dia no local e ele aceitou a proposta.

— Ele conseguiu entrar porque já havia feito contato anterior, sabia o nome da médica que deveria ser substituída e informou na portaria que ela não iria. Como estava paramentado, nenhuma documentação foi solicitada — contou a delegada.

O falso "Dr. Gabriel Valentim" foi liberado após depoimento, mas as investigações continuam. Ele poderá responder por usurpação de função pública e exercício ilegal da profissão. A polícia investiga se a atitude dele causou dano à saúde dos pacientes, ou até mesmo risco de morte. A "falta de controle" da UPA e da Prefeitura também são alvos de investigação.

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