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Erisipela é grave? Entenda o que é a doença de Jair Bolsonaro

Vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) contou na quarta-feira (16) que o político está afastado de aparições públicas devido a uma ferida na perna; entenda

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Redação iBahia

17/11/2022 às 17:04 - há XX semanas
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					Erisipela é grave? Entenda o que é a doença de Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O 'sumiço' do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem um motivo: erisipela. O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) contou na quarta-feira (16) que o político está afastado de aparições públicas devido a uma ferida na perna.

"É uma questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça. Como é que ele vai vir pra cá de bermuda?", disse ela.

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Entenda a doença abaixo:

De acordo com o site da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a erisipela é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores. Não é contagiosa. Nomes populares: esipra, mal-da-praia, mal-do-monte, maldita, febre-de-santo-antônio.

Como ocorre:

A erisipela ocorre porque uma bactéria (Estreptococo) penetra na pele; a porta de entrada quase sempre é uma micose entre os dedos (as famosas “frieiras”), mas qualquer ferimento pode desencadear o mal. A pele mais favorável é a das pernas inchadas, principalmente nos pacientes diabéticos, obesos e idosos.

Sintomas:

Os primeiros sintomas podem ser aqueles comuns a qualquer infecção: calafrios, febre alta, fraqueza, dor de cabeça, mal-estar, náuseas e vômitos. As alterações da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde uma simples vermelhidão, dor e inchaço até a formação de bolhas e feridas por necrose (morte das células) da pele.

A localização mais freqüente é nos membros inferiores, na região acima dos tornozelos, mas pode ocorrer em outras regiões como face e tronco. No início, a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas com conteúdo amarelado ou cor de chocolate e, por fim, a necrose da pele. É comum o paciente queixar-se de “íngua” (aumento dos gânglios linfáticos na virilha).

Complicações:

Quando o paciente é tratado logo no início da doença, as complicações não são tão evidentes ou graves. No entanto, os casos não tratados a tempo podem progredir com abscessos, ulcerações (feridas) superficiais ou profundas e trombose de veias. A seqüela mais comum é o linfedema, que é o inchaço persistente e duro localizado principalmente na perna e no tornozelo, resultante dos surtos repetidos de erisipela.

Tratamento:

O tratamento é uma combinação de várias medidas realizadas ao mesmo tempo e só deve ser administrado pelo médico:

– uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora;
– redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode ser necessário o enfaixamento da perna para que desinche mais rapidamente;
– fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras;
– limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente propício para o crescimento das bactérias;
– uso de medicação de apoio, como antiinflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que atuam na circulação linfática e venosa.

Prevenção:

As crises repetidas de erisipela podem ser evitadas através de cuidados higiênicos locais, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos, tratando adequadamente as frieiras, evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando manter as pernas desinchadas. Deve-se evitar engordar, bem como permanecer muito tempo parado, em pé ou sentado. O uso constante de meia elástica é uma grande arma no combate ao inchaço, bem como fazer repouso com as pernas elevadas sempre que possível.

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