A Oi anunciou nesta segunda-feira (20) que entrou com pedido de recuperação judicial no Rio de Janeiro, com um total de R$ 65,4 bilhões em dívidas. "Considerando os desafios decorrentes da situação econômico-financeira das empresas Oi à luz do cronograma de vencimento de suas dívidas financeiras, ameaças ao caixa das empresas Oi representadas por iminentes penhoras ou bloqueios em processos judiciais, e tendo em vista a urgência na adoção de medidas de proteção das empresas Oi, a companhia julgou que a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais adequada, neste momento", informou a operadora, em comunicado.
Na sexta, a Oi anunciou que ainda não havia chegado a um acordo com os detentores de títulos de sua dívida. Segundo a empresa, 60% dos seus recebíveis estão penhorados a bancos brasileiros. A Oi afirmou que a medida visa, entre outros, proteger o caixa das empresas e garantir a preservação dos serviços aos clientes. O pedido de recuperação judicial ainda deve ser deliberado em assembleia geral de acionistas. A empresa informou que não prevê mudanças no quadro de funcionário e gestão de empresas por conta da recuperação judicial.
Dívida e prejuízos
A Oi fechou 2015 com prejuízo de R$ 5,3 bilhões. No primeiro trimestre de 2016, a Oi registrou prejuízo de R$ 1,64 bilhão e encerrou março com dívida líquida de R$ 40,8 bilhões. Na última sexta-feira (17), a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito da Oi, de "CCC" para "C" (último nível antes do default). No último dia 10, o então presidente da Oi, Bayard De Paoli Gontijo, renunciou ao cargo em meio à crise.
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Redação iBahia
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