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Dono de Porsche chora ao falar sobre acidente que matou advogada baiana

Ele confirma ter tomado taça de vinho, mas também 'bastante água'

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21/07/2011 às 21:25 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:10 - há XX semanas
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O empresário Marcelo Malvio Alves de Lima, de 36 anos, motorista do Porsche que se envolveu em um acidente no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo, chorou ao prestar depoimento na noite desta quinta-feira (21) no 15º Distrito Policial, segundo o delegado Noel Rodrigues de Oliveira Júnior. Ele deixou o local por volta das 19h25 sem falar com os jornalistas. A colisão provocou a morte da advogada baiana Carolina Menezes Cintra Santos no dia 9 de julho. "Ele chegou a chorar na hora que ele falou de quando ele tomou conhecimento que a menina tinha falecido", afirmou o delegado. Segundo Oliveira Júnior, o empresário contou que na data do acidente teve um dia normal de trabalho, foi para casa e de lá ele saiu com uma pessoa cujo nome o policial não quis revelar. O empresário disse à polícia que foi a um restaurante no mesmo bairro e tomou uma taça de vinho. "Ele informou que ingeriu uma taça de vinho, que nem chegou ao final da garrafa de vinho e que tomou bastante água", afirmou o delegado. No depoimento, o empresário disse ainda que não se recorda de nada do momento do acidente. Oliveira Júnior disse que ele se lembra apenas que, momento antes, acelerou o carro porque sentiu a aproximação de duas pessoas. O empresário ainda paga uma das quatro prestações de R$ 80 mil do Porsche, que não tinha ainda nem 1 mil km. Apesar disso, o veículo já tinha uma multa por passar a 86 km/h no litoral de São Paulo em um local onde a velocidade máxima permitida é 80 km/h. O laudo que deve identificar a velocidade do carro no momento do acidente deve ficar pronto em 15 dias. A suspeita era a de que ele estava a 150 km/h. O advogado dele, Celso Vilardi, no entanto, disse que ele não alcançou essa velocidade. "Existe uma prova bastante consistente de que ele não estava alcoolizado. Além disso, ele demonstrou hoje que estava abalado, que é mentira que ele não estava preocupado com a vítima. Ele teve um quadro de confusão mental que durou até sábado. Ele não está dormindo. Está em profundo estado de luto. Ele estava paraddo mais ou menos 200 metros antes [do local do acidente]." "Não é possível que ele tivesse alcançado essa velocidade [de 150 km/h]. Não existe comprovação pericial. Quem vai apurar isso é a perícia. Esse moço é trabalhador, não saiu na rua para matar ninguém. Ele não passa em sinal vermelho", afirmou Vilardi. A Justiça concedeu liberdade provisória ao empresário com fiança fixada em R$ 300 mil. O Porsche se chocou com o Hyundai Tucson conduzido pela advogada na Rua Tabapuã, próximo à esquina com a Rua Bandeira Paulista. Os dois carros foram parar em um poste, um em cima do outro. Carolina, de 28 anos, morreu na hora. O empresário deverá ser indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Isso porque, segundo a polícia, ao dirigir em alta velocidade ele assumiu o risco de causar um acidente. As testemunhas disseram que a advogada avançou o farol vermelho devagar, por volta das 2h45, quando houve a colisão. Após o acidente, o carro da advogada foi lançado a uma altura de 50 centímetros até bater no poste. Câmeras de segurança flagraram o Porsche em alta velocidade momentos antes da colisão. As imagens foram registradas pelas câmeras de um prédio da via. As informações são do G1.

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