O líder do governo no Senado, Romero Jucá, afirmou nesta sexta-feira (2) que a presidente Dilma Rousseff deve decidir se mantém ou demite o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na próxima semana, após ouvir as explicações dele sobre a denúncia de que teria acumulado, durante quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos - um na Câmara dos Deputados e outro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo ele, a presidente também analisará o parecer da Comissão de Ética Pública da Presidência que recomendou a demissão do ministro e aplicou a ele uma “advertência ética”.“A Comissão de Ética fez esse relatório, tomou essa decisão. A presidenta Dilma e o governo estão analisando essa documentação e estão pedindo explicações complementares ao ministro do trabalho e, portanto, na próxima semana a posição do governo será explicitada”, disse.
Jucá afirmou que a denúncia de acúmulo de cargos causa “desconforto” e precisa ser "esclarecida". “É uma situação desconfortável, uma situação que precisa de explicações. O governo está pedindo explicações quanto a essas questões de acumulação de cargos. É um caso que precisa ser esclarecido, mas ainda é prematuro tomar qualquer posição.” O líder do governo destacou ainda, nesta sexta, que cabe somente à presidente Dilma decidir se demite ou não Lupi. “A decisão de nomear e demitir ministros é da presidenta da República. Cabe somente a ela tomar essa decisão e é o que ela fará no momento apropriado.” Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, enquanto era assessor do PDT na Câmara, entre 2000 e 2055, Lupi também ocupava cargo de assessor de um vereador da legenda na Câmara Municipal do Rio, a quase 1,2 mil km da capital. O acúmulo de cargos é proibido pela legislação. Nesta quinta (1º), a presidência da Câmara determinou abertura de sindicância para apurar a denúncia.
Futuro de Lupi no Ministério será decidido por Dilma |
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