Agentes da Polícia Militar e da Rodoviária Federal (PRF) cercam um ônibus na Ponte Rio-Niterói, no sentido Rio, na manhã desta terça-feira. Um homem armado faz passageiros reféns. O coletivo é da linha 2520 (Jardim Alcântara - Estácio). As pistas no sentido Rio e Niterói estão totalmente interditadas por conta do cerco policial. O Centro de Operações Rio (COR) orienta que as pessoas utilizem as barcas como alternativa.
De acordo com a porta-voz da PRF, Sheila Sena, o homem, que se identificou como PM, ameaça jogar gasolina no ônibus. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) já estão no local na tentativa de negociação com o sequestrador. Até o momento, quatro mulheres e dois homens já foram liberados. Uma das reféns passou mal ao ser liberada.
Segundo o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, havia 31 reféns no veículo às 9h. Por volta das 6h, o ônibus da Viação Galo Branco ficou atravessado na Ponte Rio-Niterói. De acordo com o Bom Dia Rio, o sequestrador deu ordem para que o ônibus fosse atravessado na subida do vão central. Em seguida, mandou o motorista estacionar no acostamento, onde há um cerco policial.
O criminoso já saiu algumas vezes de dentro do veículo. Ele usa calça preta, blusa branca, um boné e um lenço também preto que esconde parte do rosto. Segundo a porta-voz da PRF, além de uma arma de fogo, ele também porta uma faca, uma arma de choque e um galão com gasolina.
O governador Wilson Witzel publicou uma mensagem no Twitter às 8h42 sobre o caso. "Estou acompanhando desde cedo, com atenção, o sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói. Estou em contato direto com o comando da Polícia Militar, que trabalha para encerrar o caso da melhor maneira possível. A prioridade absoluta é a proteção dos reféns", escreveu ele.
A Viação Galo Branco faz o trajeto do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e vai até o Estácio, na região Central do Rio. Ela é a única linha que cobre os bairros do Rocha, Columbandê, Lindo Parque e Galo Branco em direção ao Rio.
Após a interdição das quatro faixas da Ponte, alguns passageiros seguiram a pé de volta para Niterói.
— Não tenho como ficar aqui parado. Vou tentar ver se consigo recuperar o tempo perdido — disse o engenheiro Rafael Oliveira, de 40 anos.
Assis Viana, de 61 anos, é gerente de um restaurante em Copacabana e seguia de táxi vindo de Alcântara, em São Gonçalo, onde mora. Próximo ao pedágio, pagou a corrida e resolveu voltar a pé para pegar a barca.
- Nunca vi nada disso. A situação lá em cima está horrível. Tudo completamente parado. Fiquei uma hora dentro do carro. Decidi descer porque preciso abrir o restaurante.
As barcas operam em sitema normal, mas há pelo menos o dobro de passageiros usando o transporte. Segundo a concessionária CCR Barcas, na estação Araribóia as embaracações saem no intervalo de 10 minutos ou após lotação. Já em Charitas, o intervalo é de 20 minutos, também com saída antecipada após lotação.
A Viação Galo Branco informou que soube do sequestro por outro motorista, que seguia atrás do ônibus onde estão os reféns. Ele ligou para a empresa avisando que viu quando o homem armado rendeu seu colega de profissão.
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Redação iBahia
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