Filiado ao PT de 1991 a 2010, o desembargador Rogério Favreto, responsável por conceder a liberdade ao ex-presidente Lula, chegou ao cargo por escolha da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2011. O magistrado também trabalhou na Presidência durante o segundo mandato de Lula.
Gaúcho de Tapejara, nascido em 1966, Rogério Favreto teve quase toda a sua carreira vinculada ao PT, inicialmente como assessor jurídico na Câmara Municipal de Porto Alegre e, posteriormente, como procurador do município de Porto Alegre.
A ligação do desembargador com o partido é destacada até em documentos oficiais. Em 2014, o Ministério da Justiça publicou um livro sobre o projeto de reforma do Judiciário realizado durante os governos do PT e cita que o então ministro da Justiça, Tarso Genro "fez questão de colocar à frente da pasta um homem de sua mais inteira confiança: o também gaúcho e petista Rogério Favreto, que fora assessor jurídico e procurador-geral do município de Porto alegre, quando Tarso Genro fora prefeito da capital gaúcha".
Essa não é a primeira vez em que se poscionou contra as decisões da Lava-Jato. O desembargador foi o único do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que votou pela abertura de um processo disciplinar contra o juiz Sergio Moro pelas divulgações das interceptações telefônicas do ex-presidente Lula.
O desembargador assumiu o cargo por indicação da Ordem dos Advogados do Brasil, em 2011. Na ocasião, a OAB enviou uma lista tríplice e Favreto, o mais votado, foi o indicado pela então presidente Dilma Rousseff.
Quando tomou posse no cargo do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, citou o ex-ministro Tarso Genro como amigo.
Ao todo, Favreto também ocupou quatro cargos diferentes no governo Lula, em quatro ministérios diferentes. De março a dezembro de 2005, foi assessor jurídico da subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência entre março e dezembro de 2005.
Deixou o cargo para assumir a chefia da Consultoria Jurídica do Ministério do Desenvolvimento Social, posição que ocupou até junho de 2006, quando passou a ser chefe da assessoria jurídica especial da Secretaria de Relações Institucionais. Por fim, foi o secretário nacional da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, entre abril de 2007 e junho de 2010.
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Redação iBahia
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