Para tentar chegar a um acordo com os trabalhadores em greve há 16 dias, a direção dos Correios recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para fazer a conciliação com os funcionários. A empresa instaurou o dissídio coletivo no TST com pedido de liminar para suspensão da greve, sob a pena de multa diária de R$ 100 mil. Caso o TST decida não suspender a greve, os Correios pedem que o tribunal determine que a Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) garanta o percentual de 70% de empregados em cada uma das unidades operacionais da empresa, como agências postais, terminais de cargas e garagens e centros de triagem. O processo será encaminhado à vice-presidente do TST, ministra Cristina Peduzzi, que deverá promover uma audiência para tentar chegar a um acordo entre as partes. O pedido dos Correios chegou ao TST na noite de ontem (29) e classifica a paralisação como um “movimento atentatório à ordem pública”. Os Correios pedem que, no julgamento do mérito, a greve seja considerada abusiva. A empresa requer também que, durante o movimento, os grevistas garantam o acesso de usuários e empregado às unidades dos Correios, assim como a entrada e saída de veículos, e que seja impedida a realização de piquetes e atos que resultem em depredação do patrimônio público. Em nota, os Correios informam que a busca de conciliação por meio do TST foi feita depois de esgotadas todas as tentativas diretas de acordo com a representação dos trabalhadores. “Os Correios continuam abertos ao diálogo e conclamam novamente os trabalhadores parados a reavaliar sua posição e fechar o acordo coletivo de trabalho, em benefício da população brasileira e de todos os 110 mil empregados da empresa”, diz o comunicado.
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