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Coração é encontrado intacto 7 anos após morte de padre

Ângelo Angioni foi enterrado na Igreja Matriz em José Bonifácio, São Paulo

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08/06/2015 às 20:34 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:39 - há XX semanas
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Um padre da igreja São João Batista de José Bonifácio, em São Paulo, será beatificado e canonizado. Nesta semana, o corpo do Monsenhor Ângelo Angioni foi exumado por postuladores de Roma - responsáveis por recolher informações para beatificações.

Segundo informações da igreja católica, mesmo sete anos depois da morte, o coração do padre foi encontrado intacto e não se deteriorou com o tempo. Peritos começaram uma investigação para a possível beatificação dele.

Restos mortais foram expostos durante missa no domingo. (Foto: Reprodução/TV TEM)

No domingo (7), fiéis de toda a região foram à igreja, onde os restos mortais foram exibidos durante uma missa, celebrada pelo bispo Dom Tomé Ferreira da Silva. Os integrantes do Tribunal Eclesiástico, que vai analisar os milagres atribuídos ao Monsenhor, também foram apresentados à comunidade.

Dois postuladores de Roma estão na cidade desde o dia 29 e o que mais chamou a atenção deles foi o coração intacto do religioso. Durante o processo de decomposição do corpo humano, o coração se desfaz, em até dois meses.

Em dois anos, a maioria dos corpos enterrados está totalmente decomposta, restando apenas ossos, cabelos, dentes e unhas. "Isso é um fator natural, pode acontecer com qualquer um de nós. Mas é um estímulo para rezar, pedir graças e elevar o padre, uma figura venerada na região", comentou o postulador Paulo Vilotta.

Restos mortais foram expostos durante missa no domingo. (Foto: Reprodução/TV TEM)

História
Ângelo Angioni, tido como Santo pelos fiéis, nasceu na Itália em 1915 e se ordenou aos 23 anos. Chegou ao Brasil em 1951 e foi direto para José Bonifácio onde atuou por quase 60 anos.

Ele morreu em 2008 e foi enterrado na Igreja Matriz. O túmulo do Monsenhor - título de honra conferido pelo Papa a padres católicos por serviços prestados à igreja - recebe centenas de fiéis todos os anos.

Para que Ângelo Angioni seja declarado beato é preciso que a igreja reconheça um milagre pela intercessão do Monsenhor e depois, para ser considerado Santo, mais um milagre precisa ser comprovado pelos peritos do Vaticano.

O processo é longo e pode durar anos, mas são os fiéis que podem ajudar a beatificação contando histórias do padre e apresentando cartas e documentos que falem sobre os possíveis milagres.

Correio24horas

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