A unidade de Tatuí, no interior de São Paulo, da companhia de refrigerantes Dolly será fechada após o bloqueio das contas da empresa pela Justiça, informou a assessoria de imprensa da empresa. Pelo menos 700 pessoas serão demitidas. A companhia tem outras duas fábricas em São Paulo, em São Bernardo do Campo e Diadema.
Laerte Codonho, dono da empresa, foi preso em maio - e solto dias depois - acusado de fraude fiscal de pelo menos R$ 4 bilhões. Os promotores da Justiça Rodrigo Mansour e Arthur Lemos afirmaram que Codonho é um dos maiores devedores de ICMS de São Paulo. A prisão do empresário foi pedida porque havia o histórico de destruição de provas, segundo eles. Só em ICMS são mais de R$ 2 bilhões devidos, de acordo com o Ministério Público de São Paulo. Outra investigação que ocorre em âmbito nacional aponta para mais R$ 2 bilhões em fraudes de impostos previdenciários.
— Encontramos grandes quantias de dinheiro guardadas em paredes falsas, fundos falsos na casa do empresário — relatou Lemos, citando que a PM apreendeu pelo menos R$ 200 mil em espécie, além de US$ 30 mil, € 4 mil e mais 4 mil libras.
Codonho foi encaminhado ao 77º DP e chegou à delegacia com um papel sulfite nas mãos onde se lia "Preso pela Coca-Cola", escrito com batom vermelho. Ele afirmou que sua prisão se devia a uma "perseguição da Coca-Cola" e que era "vítima" de esquemas praticados por seu contador. Procurada, a Coca-Cola informou que "não comenta processos judiciais em que não esteja envolvida".
A Dolly considerou a prisão "injusta". "Laerte Codonho sempre colaborou com as autoridades, e tem certeza que provará sua inocência. A defesa recorrerá da decisão e confia na Justiça", afirmou a empresa em nota.
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Redação iBahia
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