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Coaf aponta operações atípicas de R$ 855 milhões de juízes e servidores

TJ-Bahia, Tribunal de Justiça Militar de São Paulo e TRT da 1ª Região do Rio concentram 81,7% das movimentações "atípicas"

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12/01/2012 às 19:06 • Atualizada em 07/09/2022 às 6:43 - há XX semanas
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Cerca de R$ 855 milhões foram movimentados de maneira considerada "atípica" entre 2000 e 2010, de acordo com um relatório do Coaf, orgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda, segundo reportagem da Folha Online. Ao todo, 3.426 magistrados e servidores do Judiciário fizeram essas movimentações. Segundo o documento, somentre três pessoas - duas vinculadas ao Tribunal de Justiça Militar de São Paulo e uma do Tribunal de Justiça da Bahia - movimentaram somente em 2008 um total de R$ 116,5 milhões. O TJ-BA, inclusive, aparece ao lado do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo e do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro) concentrando 81,7% das movimentações atípicas. O documento de 13 páginas foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, que informou que não houve quebra de sigilo para chegar às informações. Os movimentos atípicos não são, necessariamente, irregulares. Segundo o Coaf, significa apenas que as operações financeiras fugiram aos padrões da norma bancária e do sistema nacional de prevenção à lavagem de dinheiro. CoafUma relação de 216 mil servidores do Judiciário tiveram a movimentação financeira apurada pelo Coaf. No período de 10 anos analisado, foram feitas comunicações de R$ 9,48 bilhões, a maioria de explicação "plausível". Dos R$ 855 milhões "atípicos", o ápice foi em 2002, quando uma só pessoa do TRT da 1ª região do Rio movimentou R$ 282,9 milhões.

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