Familiares do ex-vocalista e fundador do Angra, André Matos, que morreu no último sábado aos 47 anos , falaram pela primeira vez sobre a perda do músico. Em entrevista ao "Uol", parentes confirmaram que a causa da morte foi um ataque cardíaco fulminante.
— A gente só queria que vocês entendessem como foram feitas as coisas para que não ouçam histórias paralelas e dúvidas, porque ele simplesmente teve um infarto em uma idade em que isso é fulminante — disse ao site Daniel Matos, irmão do cantor.
Segundo os familiares, André era uma pessoa reservada, o que os levou a fazer o funeral fechado para pessoas próximas.
— A gente fez tudo de maneira discreta, porque o Andre era um cara reservado e ele tinha me pedido isso — completou Daniel ao "Uol".
Nascido em São Paulo em 1971, André formou o Viper com os amigos de colégio Felipe Machado, Yves Passarell (guitarras, o segundo hoje integrante do Capital Inicial), Pit Passarell (baixo) e Cássio Audi (bateria). A princípio uma brincadeira de adolescentes, a banda, que fazia heavy metal em inglês, cresceu e se tornou, na época, uma das maiores do Brasil, atrás do Sepultura, construindo uma carreira internacional.
Fã de música clássica, André deixou o Viper e fundou o Angra em 1991. Militando na seara do metal melódico, a banda conquistou um lugar importante com discos como “Angel’s cry” e “Holy land”, com boa presença no exterior, em países como a Alemanha e o Japão. Após desentendimentos no Angra, André formou o Shaman, que também teve uma carreira de sucesso.
Nos últimos anos, ele atuava como cantor solo, além de fazer eventuais aparições com os antigos companheiros do Viper. Em 2013, apresentou-se com a banda no Palco Sunset do Rock in Rio, cantando composições suas, como "Liberty", e prestando uma homenagem a Freddie Mercury, ao incluir "We will rock you", do Queen, no repertório.
'Quase' integrante do Iron Maiden
A carreira de André teve ainda um episódio curioso. Ele foi candidato a assumir a vaga de vocalista do Iron Maiden em 1993, quando Bruce Dickinson deixou a banda (ele voltaria cinco anos depois).
Matos acabou perdendo a "disputa" para Blaze Bayley, que chegou a dizer que o colega tinha uma voz mais apropriada que a dele para o repertório do Iron Maiden.
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Redação iBahia
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