A morte da palmeirense Gabriela Anelli, que morreu após ser atingida por uma garrafa antes do jogo entre Palmeiras e Flamengo, no último sábado (8), foi um dos assuntos mais comentados do país. Veja abaixo tudo que se sabe sobre o caso:
Quem era Gabriela Anelli?
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A jovem de 23 anos era torcedora do Palmeiras. O delegado do caso informou que Gabriela era associada da Mancha Alviverde, e namorava um integrante de outra torcida organizada do Palmeiras, a Porks. Segundo os pais, ela trabalhava com crianças autistas e com Síndrome de Down para conseguir pagar um plano mensal para assistir aos jogos do Palmeiras.
Ao longo dos anos, Gabriela enfrentou alguns problemas de saúde. Segundo o avô dela, Luiz Henrique Nery, a jovem precisou fazer uma cirurgia no coração quando era pequena e já tinha enfrentado um problema no pulmão. Além disso, gostava de surfar nas horas livres e tinha vontade de se profissionalizar na modalidade, mas não pôde devido os problemas de saúde.
O que aconteceu no dia do jogo?
Gabriela Anelli morreu após ser atingida por uma garrafa de vidro antes do jogo entre Palmeiras e Flamengo. De acordo com a PM paulista, a jovem chegou a ser encaminhada para o Pronto Socorro da Santa Casa, onde foi operada, mas teve duas paradas cardíacas e morreu na manhã de segunda-feira (10).
A PM informou que duas confusões aconteceram antes do jogo, uma na rua Caraíbas e outra na rua Padre Antônio Tomás, ambas nos arredores do Allianz Parque. A confusão que causou a morte de Gabriela aconteceu na rua Padre Antônio Tomás, na divisão da torcida visitante do estádio.
A confusão ocorreu cerca de três horas e meia antes do início do jogo, às 21h. Segundo o B.O, Gabriela sofreu um corte profundo no pescoço. Um segundo torcedor também ficou machucado, com um corte no antebraço direito. O documento descreveu as lesões da torcedora: "lesão lacerante na veia jugular como perda de massa hemálica". A garrafada também atingiu a glândula tireoide da palmeirense.
Torcedor do Flamengo vai responder por homicídio doloso
O torcedor do Flamengo, Leonardo Felipe Xavier Santiago foi indiciado por homicídio doloso consumado, ou seja, quando há intenção de matar. O autor do crime é ex-integrante da torcida organizada Fla Manguaça. Ele foi preso em flagrante, após testemunhos de torcedores e policiais.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o torcedor do Flamengo confessou ter arremessado a garrafa que causou a morte de Gabriela Anelli. A declaração de Cesar Saad, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva foi dada ao Brasil Urgente, da Band.
No entanto, em depoimento na delegacia, o flamenguista deu outra versão. Ele afirmou que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo que, em revide, lançou pedras de gelo.
Na tarde desta quarta-feira (12), a juíza Marcela Raia de Sant'Anna, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, aceitou a solicitação do Ministério Público e mandou soltar o flamenguista, que estava preso desde sábado (8). O flamenguista agora vai responder em liberdade.
Na decisão, a juíza menciona imagens do local mostram que o homem que lançou uma garrafa em direção aos palmeirenses não se parece fisicamente com Santiago.
“Trata-se de um homem que possui barba, sendo, portanto, fisicamente diferente do autuado, além de vestir camisa clara, diversa da camisa do time do Flamengo que o autuado vestia quando foi preso”, afirma a magistrada na decisão, concordando com o promotor Rogério Leão Zagallo, do Ministério Público de São Paulo, e com o advogado Renan Bohus, responsável pela defesa do flamenguista.
Redação iBahia
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